Em 7 de setembro é comemorada a Independência do Brasil. A data celebra, portanto, a Declaração da Independência do País do Império Português, promulgada em 1822.
Muitos não sabem, mas uma das bebidas mais consumidas em nosso País, a cerveja, chegou antes da independência e foi muito consumida pelos portugueses que moravam aqui.
Se antes o mercado era acima de tudo limitado e com pouca variedade, hoje os consumidores podem explorar novos sabores e estilos com as cervejas artesanais.
Dados da startup myTapp, em 2018, revelaram: o Brasil contava com 889 cervejarias operantes e cadastradas no MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento).
Já em fevereiro deste ano, na mesma linha, o mercado abrigava por volta de 1.171 estabelecimentos.
“Por conta da facilidade de conseguir informações através da internet, os brasileiros estão mais informados e interessados em descobrir os sabores, estilos e combinações que uma cerveja artesanal é capaz de proporcionar”, explica Robson Vergillio, beer sommelier da cervejaria Berggren.
O início de tudo
Quando as primeiras indústrias de cervejas nacionais foram implantadas no País, por outro lado, as bebidas recebiam o nome de cerveja barbante.
Eram, em conclusão, envasadas como os “growlers” de hoje em dia e os barbantes seguravam as rolhas das garrafas para evitar que saltassem por conta do gás da bebida engarrafada.
“No fim do período monárquico, as cervejarias brasileiras deram os primeiros passos, e foi a família real portuguesa responsável por trazê-las ao Brasil”, afirma Vergillio.
Ou seja, para evitar que a bebida conquistasse o paladar de todos, e a fim de incentivar o consumo do vinho produzido em Portugal, a produção da cerveja era apenas para as famílias de imigrantes.
“No Brasil, as primeiras cervejas vendidas recebiam o nome de Gengibirra e Caramuru. A Gengibirra era feita com cascas de limão, água, farinha de milho e gengibre, e custava 80 réis. Já a Caramuru, levava em sua receita gengibre, milho, água e açúcar mascavo, e tinha um preço mais acessível, custava 40 réis”, ressalta o beer sommelier.
A partir de 1840, os primeiros alemães começaram a chegar ao Brasil e, em suma, fizeram a bebida ficar ainda mais relevante no País.
Eles, para esclarecer, foram os responsáveis em dar continuidade na cultura cervejeira implantada pelos colonizadores.
Depois disso, a cerveja caiu no gosto dos brasileiros e cresceu cada vez mais com as grandes cervejarias instaladas no decorrer da história.
“Hoje é possível encontrar facilmente cervejas cada vez mais elaboradas e que levam na composição chocolate, café e manga”, finaliza Vergillio.
Sobre a Berggren
A Berggren é uma cervejaria oficialmente inaugurada em novembro de 2015. Quem está à frente dos trabalhos é o Diretor Geral Lucas Berggren.
A empresa teve seu projeto iniciado entre 2008/2009, quando a família Berggren começou a estudar o funcionamento dos equipamentos para a montagem da fábrica.
Entre 2013/2014 a família, com atuação na indústria têxtil, ganhou um fôlego financeiro e, na mesma linha, deu retomada definitiva ao projeto.
Produzindo cervejas de estilo clássico, e outras inspiradas na Escola Americana, a Berggren Bier conta com uma fábrica piloto.
Ele tem laboratório e estrutura de envase para testar as cervejas, algo, portanto, presente em poucas cervejarias do País.