Joaquim Alessi
Ação cirúrgica em políticas públicas torna cidade palco do 1º Congresso de Telemedicina, Inovação e Tecnologia
Muito acima do insano e pseudodebate científico-ideológico que ganhou corpo no País recentemente, o prefeito José Auricchio Júnior dá provas da possibilidade de se elevar o nível quando o objetivo é estender a mão a quem precisa, “ainda que seja uma mão digital”, como ele mesmo destacou em seu pronunciamento.
Desde a noite de sexta (12.05) e durante todo o dia deste sábado (13.05), São Caetano vive o futuro da saúde, notadamente saúde digital.
Entre as várias autoridades de peso para debater temas tão atuais quanto necessários, destaca-se, por exemplo, a Professora Doutora Ester Sabino.
Professora da USP e da USCS (nesta universidade há quase um ano), Ester Sabino é renome na ciência internacional, e falar dela exigiria uma enciclopédia.
Para resumir, ela teve, acima de tudo, papel histórico no combate à Covid-19.
Faz parte do grupo de pesquisadoras brasileiras que conseguiu sequenciar em 48 horas o que pesquisadores de outros países levam em média 15 dias para obter o mesmo resultado.
O sequenciamento foi fundamental para conhecer o genoma e a diversidade do vírus, sendo importante tanto para o diagnóstico quanto para a formulação de vacinas e de respostas ao medicamento diante das mutações.
Dra. Luana Araújo
Também proferiu palestra no Congresso outra médica essencial para a humanidade no período da pandemia: Dra. Luana Araújo.
Mineira, formada em medicina pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e mestre em saúde pública pela Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos Dra. Luana teve papel humanitário imprescindível na CPI da Covid-19, quando posicionou-se firmemente contra o uso da hidroxicloroquina e criticou colegas de profissão que a prescrevem.
Esclareceu, além disso, questões médicas com clareza e defendeu a ciência.
Em nome da ciência
Mas, certamente, o maior mérito desse trabalho histórico organizado pela secretária de Saúde de São Caetano, Dr. Regina Maura Zetone Grespan, e pelo prefeito José Auricchio Júnior foi o de colocar, no mesmo plano, agentes dos vários níveis de poder público: municipal, estadual e federal, deixando claro que ciência não tem ideologia.
Em sua fala, na abertura do Congresso, Auricchio destacou ainda a humanização da medicina como essencial à saúde digital.
Ou seja, é preciso ficar claro que todo avanço tecnológico é importante, mas para servir de ferramenta ao ser humano.
“Precisamos estender a mão a quem precisa do tratamento, mesmo que seja uma mão digital”, assinalou, em conclusão.
Fica o destaque para a presença da secretária de Saúde Digital do Ministério da Saúde, da deputada federal Adriana Ventura (Novo) e o do secretário-executivo de Saúde do Estado de São Paulo, Sérgio Okane.
Ação regional
Outro ponto a destacar, entre tantos importantíssimo, fica para o posicionamento do secretário de Saúde de São Bernardo, Dr. Geraldo Reple Sobrinho.
Também presidente do Cosems (Conselho dos Secretários de Saúde do Estado de São Paulo), Reple falou em rápida entrevista sobre a necessidade de se integrar os dados de todos os municípios do ABCD, público e privados, como forma de aprimorar o atendimento a todos os cidadãos.
A ideia já começa a ganhar corpo e com certeza será primordial para a melhoria na qualidade do atendimento a todos os cidadãos das sete cidades.
Muitos outros nomes de peso proferiram palestras, debateram ou assistiram ao Congresso, transmitido também pelas redes sociais, e, portanto, fica impossível relatar aqui tudo o que aconteceu, em detalhes.
Mas, com certeza, em próximas publicações vamos destacar pontos vitais colocados pelas autoridades e cientistas nesse importante acontecimento.
Pontos importantíssimos, em conclusão, não só para o ABCD, mas para o País e para o mundo.