Clube Leia Mulheres, Virada Inclusiva e a primeira FLID – Feira do Livro de Diadema estão entre as realizações de 2022; fomento à literatura local é uma das metas de 2023
A Rede de Bibliotecas de Diadema celebra o ano de 2022 como o período em que foi possível retomar, de fato, com difusão do livro e da leitura na cidade, levando a população eventos que fortaleceram o universo literário.
A avaliação é da coordenadora do departamento, Ruymar Marazo Soares.
“Na parte da formação também houve muitas oficinas que contribuíram para este fortalecimento”, detalhou, em resumo.
Ruymar destacou que o Clube Leia Mulheres, iniciativa que realiza rodas de leituras de escritoras e discussões sobre as suas obras, foi uma grande conquista.
“Assim como todas as ações que potencializaram o atendimento da população que procurou por leitura e informação foram significativos e positivos”, completou, da mesma forma, a coordenadora.
1ª FLID
Diadema realizou em 2022 a primeira FLID – Feira do Livro de Diadema.
O evento entrou, por lei, para o calendário anual da cidade e substituiu o Festival de Livro e Leitura, que deveria ser bianual, mas não era realizado desde 2016.
Por três dias, intensa programação de palestras, encontros literários e apresentações teatrais reuniu mais de 3.500 pessoas no Centro Cultural Diadema.
O evento homenageou, acima de tudo, o escritor Guimarães Rosa.
Foram, por exemplo, palestras dos escritores e jornalistas Xico Sá e Fernando Morais.
Além do escritor Reginaldo Ferreira da Silva, o Ferréz, importante nome da chamada literatura marginal.
Contou ainda com a apresentação de livros de professores da rede municipal e sarau literário de estudantes do ensino fundamental e da Educação de Jovens e Adultos (EJA) do município, entre outras atividades.
Virada Inclusiva
Outro destaque citado por Ruymar foi a Virada Inclusiva.
Realizada em dezembro na Biblioteca Interativa de Inclusão Nogueira, o evento marcou as celebrações do Dia Internacional da Pessoa com Deficiência (03.12) e do Dia dos Direitos Humanos (10/12).
Teve como objetivo ampliar a discussão sobre os direitos das pessoas com deficiência.
A programação incluiu apresentações artísticas, bate-papos e exposições, além do lançamento do Roteiro Cultural Acessível da Grande São Paulo, um e-book acessível que listou os equipamentos culturais e seus níveis de acessibilidade em 34 dos 39 municípios da Região Metropolitana de São Paulo e que cita a Biblioteca Interativa de Inclusão Nogueira como um dos mais acessíveis entre os equipamentos visitados pela doutora em história e pesquisadora do Museu de Artes de São Paulo (MASP), Mariana Oliveira Arantes.
“Ao longo do ano nós atingimos mais de 15 mil pessoas com as nossas atividades. Nossas metas agora incluem proporcionar acesso ao livro, leitura e literatura para um número muito mais significativo de cidadãos”, afirmou, em suma, Ruymar.
Começar a discutir e desenhar o Plano Municipal do Livro e Leitura, fazer a segunda edição da FLID, maior e mais potente, com uma divulgação intensificada, também estão, além disso, entre os objetivos de 2023, citou a coordenadora.
“Criar uma rede de discussão sobre o futuro da Biblioteca pública com bibliotecários do Grande ABCD, intensificar e potencializar o Clube Leia Mulheres, mapear os escritores da cidade e incentivar o encontro destes para o fortalecimento da literatura local e intensificar também as ações do Busão da Cultura, nossa “biblioteca itinerante”, levando o acesso ao livro para as franjas da cidade”, finalizou Ruymar.