Joaquim Alessi
Almoço inusitado na sexta-feira (23.12) reuniu em Santo André o deputado federal eleito e futuro ministro do Trabalho, Luiz Marinho (PT) e o ainda presidente da Câmara Municipal, vereador Pedrinho Botaro (PSDB).
Para quem devora a política com apetite extremista, seria, em primeiro lugar, prato cheio para críticas ou insinuações maldosas.
Mas, longe disso, a conversa republicana, demonstra apenas elevado grau de maturidade política, artigo cada dia mais raro no País.
Tanto que, por exemplo, partir do próprio Pedrinho a iniciativa de dar vazão ao encontro.
À mesa estavam, além de Marinho e Pedrinho, o arquiteto aposentado da Prefeitura de Santo André Epeus Pinto Monteiro; o ex-vereador Carlos Raposo; Sivaldo Spirro Pereira, secretário Administrativo/Financeiro do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá; Arlindo José de Lima, ex-secretário da Prefeitura no Governo Carlos Grana e dono do restaurante Caboclo, onde aconteceu o almoço; Oswaldo e o presidente eleito do Esporte Clube Santo André, o Ramalhão, Celso Luiz de Almeida, que tomará posse em 13 de janeiro de 2023.
Respeito e bem comum
Ao publicar a foto no Instagram, Pedrinho deixou, em resumo, bem claro: “Quem me conhece sabe, aprendi no berço e em família, respeitar cada um, independente das nossas ideologias partidárias.”
Além disso, destacou: “O bem comum é o que deve unir as pessoas, e por isso, o diálogo precisa ser constante. Ainda mais como representantes de Governo.”
Mais adiante, por exemplo, assinalou: “Essa semana pude falar da nossa Santo André e pedir o olhar atento do próximo Governo Federal, em especial, para classe trabalhadora.”
E destacou, da mesma forma: “Falamos, inclusive, da importância das montadoras de veículos, por ocasião das recentes demissões na Mercedes Benz.”
Para o Brasil dar certo
Ligadíssimo ao governo Paulo Serra (PSDB), e um dos principais nomes cotados nos bastidores para a sucessão do prefeito, em 2024, Pedrinho foi cirúrgico.
“Tem gente que sempre vai apostar na divisão das relações humanas. Na divisão do País e das famílias. Acham que isso fica escondido, mas sabemos quem são”, disse, em suma.
Falou mais: “Eu torcerei a favor, e vou contribuir para o Brasil dar certo. Com elogios, críticas, a favor ou contra os posicionamentos. Sempre dialogando. Independente de onde eu estiver.”
Pedrinho passa o comando da Câmara de Santo André em 1º de janeiro para Carlos Ferreira (Republicanos).
Jovem ainda, Pedrinho demonstra com seu gesto maturidade que falta à maioria dos políticos do Brasil.