As obras e os artistas selecionados para a edição deste ano do Salão de Arte Contemporânea Luiz Sacilotto, que acontece entre 28 de novembro e 16 de fevereiro, já estão definidos e podem ser conferidos na plataforma CulturAZ (https://bit.ly/50SALS2Fase).
A Comissão de Seleção e Premiação desta edição, formada pela crítica de arte, curadora e professora Priscila Arantes, pela historiadora, crítica de arte e curadora,Thais Rivitti e pelo artista visual e pesquisador Pontogor, selecionou 61 obras de 47 artistas dentre os 655 inscritos.
“Neste ano, além de ser a 50ª edição deste que se tornou o mais prestigioso Salão do país, houve recorde de inscritos. Os trabalhos apresentados pelos artistas são de grande complexidade, seja por suas temáticas e narrativas, seja no uso dos formatos e suportes diversos. Isso mostra um amadurecimento e um rigor dos artistas e do circuito de arte. Os artistas estão muito atentos às questões contemporâneas e tratam delas com muita lucidez, e tudo isso ficará muito evidente na montagem que estamos preparando e que poderá ser vista a partir do dia 28 de novembro”, completa, em resumo, o coordenador e curador da Casa do Olhar, Reinaldo Botelho.
Significativo
Botelho acrescentou, em primeiro lugar, que a edição deste ano destaca-se também por sua característica de grande diversidade e a inclusão, não apenas da representatividade regional, mas também de gênero e raça.
“Isso é muito significativo para nós, por isso, nos próximos anos nosso propósito é ampliar esses atributos”, complementa, da mesma forma.
“Foram muitos trabalhos inscritos, o que aponta não só a importância do Salão dentro do contexto geral do sistema das artes, mas também a diversidade de produções, de lugares diferentes dentro do contexto brasileiro. A seleção procurou, por meio de um trabalho muito sério de todos nós, elencar projetos artísticos que pudessem não só incorporar diferentes linguagens da produção artística contemporânea, mas que especialmente incorporassem uma visão plural, inclusiva, não focando só em discussões do eixo Rio-São Paulo”, diz, em resumo, Priscila Arantes.
O resultado é um Salão composto por obras em vídeo, instalações, performances, fotografias e pinturas de diversas partes do País, além do ABCD e da Capital.
Há obras, por exemplo, de São Gonçalo, no Rio de Janeiro, até Florianópolis, em Santa Catarina, passando por Fortaleza, no Ceará, e Cabedelo, na Paraíba.
A Comissão de Seleção e Prêmios é composta por três membros com notória especialização.
Dois deles eleitos, acima de tudo, pelos artistas inscritos, e um indicado pela Secretaria de Cultura, todos nomeados pelo prefeito de Santo André.
Prêmios Aquisição e Estímulo
É esta mesma Comissão que escolhe os artistas ou coletivos que serão contemplados com o prêmio Aquisição e o prêmio Estímulo e receberão valores em dinheiro por suas obras. Para o Salão deste ano foram selecionadas cinco obras que receberão o prêmio Aquisição, e como o nome diz, passarão a fazer parte do acervo artístico da cidade e uma que receberá o prêmio Estímulo. A Prefeitura irá investir R$ 28 mil nesta ação que tem como objetivo estimular novos talentos da arte visual.
O acervo, cuja gestão está sob a responsabilidade da Casa do Olhar Luiz Sacilotto, é composto hoje por aproximadamente mil obras, com produções de artistas de destaque no cenário atual como Antonio Henrique Amaral, Maria Auxiliadora, Sandra Cinto, Geraldo de Barros, Alex Vallauri, Hudnilson Jr., Thomaz Ianelli, Arnaldo Ferrari, Vânia Mignone, Lothar Charoux, Rogério Degaki, Sofia Borges, João Suzuki, Luiz Sacilotto, Sergio Romagnolo, Georgia Kyriakakis, Albano Afonso, Paul Setúbal, Cristina Suzuki, Rafael Campos Rocha, Ana Teixeira, Maria Bonomi, Hermelindo Fiaminghi, Wagner Malta Tavares e outros importantes artistas brasileiros.
Criado em 1968
O Salão de Arte Contemporânea foi criado, em primeiro lugar, em 1968, dedicado à vanguarda e ao experimentalismo.
Desde então, portanto, o Salão abrigou parte significativa dos movimentos artísticos brasileiros, como a abstração geométrica, o novo realismo, a pop arte e arte postal, a geração 80, a produção da gravura, da fotografia, do videoarte e do graffiti, a explosão dos coletivos artísticos, das performances e arte digital, as intervenções urbanas e a arte pública.
Esses momentos da história, devido aos prêmios concedidos, agora fazem, portanto, parte do acervo artístico de Santo André.
A abertura da Mostra será realizada, portanto, em 25 de novembro, às 19h, no Salão de Exposições do Paço Municipal de Santo André.
O período de visitação, em conclusão, será de 28 de novembro de 2022 a 16 de fevereiro de 2023.