Educação Antirracista: Efape promove bate-papo com diretora de Promoção da Igualdade Racial da Associação dos Magistrados do Brasil

In Canto do Joca On

Juíza Flávia Martins de Carvalho falou com profissionais da rede estadual de ensino sobre como implementar a temática no cotidiano das escolas

 

Um dos projetos da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) é a formação para a educação antirracista. No último mês, a capacitação proposta para educadores e gestores das escolas, coordenada pela Escola de Formação e Aperfeiçoamento para Profissionais da Educação (Efape), contou com a presença da juíza do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), Flávia Martins de Carvalho, para debater o tema e a implementação no cotidiano de estudantes, professores e comunidade escolar.

 

Durante a palestra “Práticas Antirracistas – Aprendendo a conviver e a respeitar as diferenças”, Flávia Martins de Carvalho, que também é diretora de Promoção da Igualdade Racial da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), destacou que o racismo no Brasil foi constituído de maneira jurídica e estrutural. “Devemos entender o racismo como um modelo e não só a prática individual, e que ele está enraizado na sociedade como um todo”, destacou a juíza.

 

Após a abertura do grupo de estudos da Trilha Antirracista, em abril de 2021, a rede estadual deu continuidade às atividades para formatação de um plano para as escolas com início em fevereiro de 2022 e sua implementação no cotidiano dos alunos, professores e gestores da rede.

 

“Essa é nossa missão como educadores antirracistas. Temos de parar de contar a história do nosso país de uma forma fantasiosa principalmente em relação às questões éticas e raciais”, ressaltou Flávia Martins de Carvalho.

 

Impactos práticos

 

No início do segundo semestre, a Escola Estadual Instituto Popular Humberto de Campos aproveitou o momento de acolhimento para falar sobre educação antirracista e realizar uma oficina para confecção de bonecas abayomi, que foram criadas por mulheres negras que pegavam retalhos e usavam para acalmar e trazer alguma alegria as crianças e jovens que estavam em navios negreiros.

 

A diretora da escola, Telma Von Zuben, explicou que este evento faz parte de um conjunto de ações com estudantes e comunidade escolar desde novembro de 2021. Nesta volta às aulas, no final de julho de 2022, os professores compuseram este acolhimento com uma exposição de cartazes, ilustrações e tecidos espalhados pela unidade, que dialogam com a Educação Antirracista.

 

“Haverá outra exposição de artes em novembro deste ano, com ilustrações, quadros e esculturas realizadas pelos estudantes, que compõe o currículo escolar”, complementou Telma Von Zuben.

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