Se tem um lugar onde as campanhas eleitorais já começaram há tempos e seguem cada dia mais sendo um dos assuntos mais debatidos é a rede social.
Mesmo antes da homologação das candidaturas – prazo máximo para convenções é 05.08 – plataformas como o Instagram figuram, em primeiro lugar, como verdadeiros campos de batalha de apoiadores de um ou outro candidato.
Partindo exclusivamente para a eleição presidencial, focando ainda nos dois principais nomes nessa corrida ao Planalto, há, portanto, um dado muito interessante.
Apesar de quase colados na pesquisa, no quesito seguidores Jair Bolsonaro está, acima de tudo, anos-luz à frente do ex-presidente Lula.
Afinal, o clã Bolsonaro vem se valendo das redes sociais há vários anos para avançar nas disputas políticas.
“A diferença de Bolsonaro, que lidera o ranking dos candidatos à presidência, são quase 15 milhões de seguidores a mais do que o seu mais forte adversário. O que precisamos lembrar também é que Bolsonaro está na presidência atualmente. Isso também favorece a busca pelo seu nome nas redes”, disse, por exemplo, o empresário Fred Furtado.
Ele também analisou, da mesma forma, outros perfis de presidenciáveis, como Ciro Gomes do PDT e Simone Tebet do MDB.
Engajamento nem sempre é bom
Para Fred, esses 14 milhões e 800 mil seguidores a mais do atual presidente refletem nas interações que o envolvem.
“Porém, é preciso lembrar que engajamento nem sempre é só de coisa boa. Podem ser haters e fãs. Pode ser gente elogiando, mas também outros que podem estar apenas o observando para ter como criticá-lo”, disse Fred.
Questionado se isso pode refletir no resultado das urnas, Fred respondeu que pode ser que não 100%, mas que em partes sim.
“Claro que uma rede social não vai decidir uma eleição. Mas levando em consideração a quantidade de pessoas que têm acesso às redes atualmente, o que lá acontece, politicamente falando, pode ser, em partes, um indicativo do que é o cenário real da disputa, tanto a favor como contra os candidatos”, afirmou.