55 anos do Porão 99: show de aniversário reúne membros da formação original em São Caetano

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Porão 99/Divulgação

De volta aos palcos, neste sábado (11.06), um dos precursores e maiores expoentes do rock and roll no Brasil nos anos 1960 e 1970 vai fazer, em primeiro lugar, uma viagem pela essência do estilo musical considerado o mais influente de todos os tempos: o Porão 99 se apresenta no Espaço Verde Chico Mendes (Rua Fernando Simonsen, 566, bairro Cerâmica, em São Caetano do Sul) em um show comemorativo aos 55 anos da banda.

Mas, a programação começa às 14h, com shows dos novos expoentes do rock da cidade: Cracklin Groove (14h), Academia do Rock (15h) e Loki Rock Trio (17h).

Meu amigo Danton (guitarra), Oseas (voz) e Nelsinho (bateria), da primeira formação do Porão 99, sobem ao palco às 18h, acompanhados de Hélio Leite (contrabaixo) e Jânio Santoni (teclado).

O evento tem. acima de tudo, a realização da Prefeitura de São Caetano do Sul, por meio da Secretaria de Cultura (Secult);

Conta, além disso, com apoio cultural da Academia do Rock e do Espaço Leandrini.

Ingresso solidário

O ingresso é solidário: basta levar 1 kg de alimento não perecível para prestigiar a interpretação única do Porão 99 em clássicos dos Beatles, Creedence Clearwater, Deep Purple, Pink Floyd, Queen, Led Zeppelin, além de composição e arranjos autorais, ao ar livre, no parque tido como o cartão-postal da cidade.

A atração é livre para todos os públicos: da geração beat à juventude que curte o bom e velho rock and roll.

DNA do Porão 99

“Não é um show cover, é interpretação, é contar uma história. Esse é o DNA do Porão 99. A guitarra é a extensão do meu corpo. O microfone é a extensão do corpo do Oseas. A bateria é a extensão do Nelsinho. O teclado é parte do Jânio. E o contrabaixo, do Hélio”, comenta o guitarrista Danton Velloso.

O Porão 99 nasceu em São Caetano do Sul, em 13 de julho de 1967, hoje o Dia Mundial do Rock.

“Nascemos nos bailinhos de garagem da época. O nome foi inspirado em uma casa noturna localizada na Av. Brigadeiro Luiz Antônio, em São Paulo, chamada Porão 9. E o Oseas sugeriu Porão 99 porque, assim, nunca seríamos ultrapassados pelo tempo”, recorda-se Danton, sem imaginar, na época, que o grupo atingiria o século 21.

“Sempre fomos um conjunto de vanguarda. Tocávamos em primeira mão as músicas recém-lançadas nos Estados Unidos, na Europa”, acrescenta.

“A oportunidade de estar novamente com o Oseas, o Nelson, o Jânio, o Hélio, para mim, é obra de Deus. É uma gratidão muito grande devolver esse sentimento à São Caetano, compartilhando nossa experiência com o público”, declara, acima de tudo, emocionado, o músico Danton Velloso.

“Artistas como os do Porão 99 eram os ídolos da juventude sancaetanense nos anos 1960 e 1970, os nossos ídolos. Foi essa turma que trouxe as novidades internacionais que ninguém conhecia, parte da minha iniciação musical. Ter a oportunidade de estar no palco com eles, apresentando a banda ao público das antigas e às novas gerações, para mim é uma honra muito grande. É uma sincronicidade de energias. Uma emoção positiva muito forte”, declara, da mesma forma, outro amigão, o produtor cultural Ricardo Martins de Souza, o Rick and Roll.

Trajetória

Concorrendo com outros conjuntos da época, que tocavam no Círculo Militar, principalmente com Os Botões, os integrantes do Porão 99 – Oseas (vocal), Danton (guitarra solo), Décio (guitarra base), João Alberto (contrabaixo) e Nelsinho (bateria), além da eficiência musical e da assinatura vocal, inovaram ao trazer elementos cênicos aos palcos, com direito a arranjos pirotécnicos.

O figurino, capítulo à parte, era, além disso, colorido e criativo, levando o visual glam rock aos shows.

“Era tudo improvisado. Deixávamos a música fluir, nos levar e não o contrário”, relembra Danton Velloso. Em 1973, o grupo assina contrato com a gravadora RCA Victor e – a exemplo de outras bandas paulistas, gravam compactos em inglês – com o pseudônimo de “Doc O Proibido”. Três anos depois, são eleitos pela Revista POP como um dos dez melhores grupos de rock do Brasil, ao lado de nomes como Made in Brazil, Os Mutantes e Tutti Frutti.

Um marco histórico do grupo aconteceu, por exemplo, no centésimo aniversário de São Caetano do Sul, em 1977, no Estádio Lauro Gomes.

O Porão 99 abriu o show da banda Joelho de Porco.

Na apresentação, surpreendeu a todos ao tocar com exatidão e poucos recursos a recém-lançada, e até então desconhecida, canção Bohemian Rhapsody, do Queen.

Isso com vocal ao vivo, levando a plateia, portanto, ao delírio.

Acompanhe a programação cultural da cidade, em conclusão, pelo site: cultura.saocaetanodosul.sp.gov.br ou pelo Instagram @secultscs.

Foto de Flavio Sepulvida. Porão 99 em 1972. Da esquerda para a direita, em pé – Decio, Nelson e Oseas. Sentados, Danton e Joao Alberto
Produtor cultural Ricardo Martins de Souza, o Rick and Roll. Foto: Billy Albuquerque

 

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