Ranking divulgado na manhã desta segunda (22.11) pelo CLP (Centro de Lideranças Públicas) em parceria com a startup Gove e com o Sebrae.
A análise das notas entre os municípios mais bem posicionados permite constatar que a primeira colocação para Barueri deve-se ao seu grande destaque e melhora relativa na dimensão economia (passou da 2ª para a 1ª colocação), em conjunto ao ganho de 22 posições na dimensão institucional (ocupa agora a 14ª colocação) e ao ganho de 7 posições na dimensão sociedade (ocupa agora a 16ª colocação).
Segundo colocado, São Caetano do Sul destaca-se por permanecer como o melhor município na dimensão sociedade e pela excelente colocação na dimensão economia (passou da 7ª para a 6ª colocação), mas piorou relativamente e permanece com desempenho desfavorável na dimensão institucional (perdeu 9 posições e ocupa agora a 98ª colocação).
A melhoria nesta última dimensão é, sem dúvida, a principal oportunidade para aprimorar a competitividade do município.
Vale destacar que São Caetano fica à frente de três importantes Capitais no ranking: Florianópolis (SC), São Paulo (SP) e Vitória (ES).
No relatório do ranking lê-se: “O Ranking de Competitividade dos Municípios surge a partir de uma visão diferente: a competição saudável no setor público, além de possível, é desejável.”
E mais: “A competição no setor público é um elemento complementar à promoção da justiça, equidade e desenvolvimento institucional, social e econômico. Adaptado em relação ao conceito utilizado no setor privado, a definição de competitividade sob a ótica da gestão pública diz respeito à capacidade de planejamento,
articulação e execução por parte do poder público, em seus territórios de responsabilidade, na promoção do bem-estar social, atendimento às necessidades da população e geração de um ambiente de negócios favorável. O elemento competitivo é compatível com a ideia de uma república federativa como a brasileira. A competição saudável faz com que os municípios busquem melhorar seus serviços públicos, atraindo empresas, trabalhadores e estudantes para ali viverem e se desenvolverem.”
Prossegue: “Como mostra a literatura especializada, ao possibilitar uma comparação direta entre os municípios de uma série de atributos institucionais, sociais e econômicos que são comumente de difícil mensuração e avaliação, sistemas de ranking proporcionam aos cidadãos uma eficiente ferramenta de avaliação e cobrança de resultados dos gestores públicos.”
Além disso, os rankings têm potencial para operar como um poderoso sistema de incentivo e de enforcement aos agentes públicos. Funcionam também como um mecanismo de accountability e promoção das melhores práticas na gestão pública.
Em suma, sistemas de rankings possuem grande potencial para alavancar a eficácia e a eficiência das políticas
públicas, fornecendo um mapeamento dos fatores de competitividade e de fragilidade das políticas públicas em cada
município.
O Ranking de Competitividade dos Municípios tem como propósito alcançar um entendimento mais profundo e
abrangente dos maiores municípios do país, trazendo para o público uma ferramenta simples e objetiva que paute a atuação dos líderes públicos brasileiros na melhoria da competitividade e da gestão pública local.
Da mesma forma, o Ranking de Competitividade dos Municípios se configura como uma ferramenta bastante útil para o setor privado balizar decisões de investimentos produtivos, ao estabelecer critérios de atratividade em bases relativas entre os municípios, de acordo com as especificidades de cada projeto de investimento.