Programas sociais da Coop repassam mais de R$ 169 mil a APAEs

In Canto do Joca On
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Eventos da APAE de Mauá, como feijoada e galinhada, ficaram suspensos durante a pandemia./Divulgação

O atributo consciência está sempre presente, em primeiro lugar, no dia a dia da Coop.

Tanto que cooperados e clientes contribuíram para o repasse de R$ 169.332,14 à Federação das APAES-SP (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais).

O valor refere-se aos programas Troco do Bem e Revista Coop, do 3º trimestre de 2021 (julho, agosto e setembro).

Eles integram a plataforma de sustentabilidade Coop Faz Bem.

Desde 2010, metade do valor de venda de cada de exemplar da Revista Coop (descontados os impostos) é doada a 10 unidades da APAE.

Elas estão instaladas nas comunidades atendidas pela Cooperativa e que envolvem 3 mil assistidos.

No terceiro trimestre deste ano, o repasse totalizou, portanto, R$ 73.928,58, correspondendo a 59.537 exemplares vendidos.

Troco do Bem

O outro programa, Troco do Bem, sugere a doação de centavos quando o pagamento das compras é feito em dinheiro, seja nas lojas de supermercado ou drogarias.

Nesse período, o valor doado foi de R$ 95.403,56, e em 11 anos de parceria com a Federação das APAES-SP já foram repassados mais de R$ 5 milhões.

Essas doações são de extrema importância para as APAEs.

É com o dinheiro repassado trimestralmente que as unidades têm coberto despesas e emergências que surgem no dia a dia.

A APAE de Mauá, por exemplo, que atende 285 assistidos com deficiência intelectual, é uma delas.

Segundo o presidente, Elvio Bozzato, a doação dos cooperados e clientes geralmente é revertida na compra de materiais para as oficinas terapêuticas.

Elas não são poucas, e visam ao desenvolvimento pessoal.

Na estrutura de 4 mil m², os assistidos têm acesso a aulas de culinária, cozinha experimental, aulas de artesanato, marcenaria, corte e costura, informática, música, além de outras atividades.

Não é raro, segundo ele, usar o dinheiro para serviços de reparo na estrutura.

“Nossas instalações são antigas e requerem manutenção constante para que possamos manter a qualidade de atendimento”, explica, em suma, o presidente.

Dificuldades

Além de todas as dificuldades financeiras que sempre rondaram as APAEs, o isolamento social dificultou ainda mais a obtenção de receitas, principalmente com a proibição de realização de eventos públicos.

Esse é o caso da unidade de Piracicaba, que atende 350 assistidos com deficiência intelectual e múltiplas.

“Nossa participação na Festa das Nações, evento municipal, bem como promoções próprias, é o que garantia o pagamento do 13º salário dos profissionais”, comenta Margarete Gomes, assistente social.

A pandemia gerou, além disso, uma redução expressiva no volume de doações da sociedade por telemarketing.

“Estamos vivenciando uma situação delicada que depende da força divina e da boa vontade da sociedade em nos ajudar na manutenção do trabalho”, avalia, em conclusão, Margarete Gomes.

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