Excesso de reuniões virtuais compromete bem-estar e produtividade no trabalho

In Canto do Joca On
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Barbara Nogueira, diretora da Prime Talent. Foto: Carmine Furletti/Divulgação

A diretora da Prime Talent, Bárbara Nogueira, ressalta que é importante reduzir o volume e a duração dos encontros online para evitar os sintomas da “Fadiga do Zoom”.

Na nova realidade forçada pela pandemia da Covid-19, grande parte das pessoas foi obrigada, em primeiro lugar, a adaptar a vida à rotina virtual.

Os happy hours e conversas com amigos e familiares tiveram migrar para o formato online, assim como as reuniões de trabalho e as aulas para alunos de todas as idades.

Tudo isso na tentativa de manter, dentro do possível, uma conexão social ativa, um ritmo de trabalho eficiente e o aprendizado regular durante todos esses meses em que adotar o isolamento e evitar aglomerações se fizeram – e ainda se fazem – necessários.

“Fadiga do Zoom”

No entanto, a diretora, career advisor e headhunter da Prime Talent, Bárbara Nogueira, argumenta que essas circunstâncias podem prejudicar o corpo e a mente.

Podem provocar a já conhecida “Fadiga do Zoom”. Consequentemente, a produtividade também é afetada.

Desde 2020, a expressão – alusão a um dos programas de chamadas de vídeo que se popularizou na pandemia – tem sido bastante usada no ambiente corporativo.

Mas os problemas provocados pelo excesso de conferences estão relacionados a qualquer ferramenta, como Hangouts, Teams, Skype e outras.

Trata-se, resumidamente, de uma exaustão extrema e desmotivante, em função da permanência, por muito tempo, em encontros pela internet.

Inclui, também, irritabilidade, olhos secos e vermelhos, sem falar do cansaço, mal-estar e dores de cabeça ao final da jornada de trabalho ou até mesmo após um bate-papo virtual.

A “Fadiga do Zoom” é gerada por diversos fatores.

Entre eles, estão a hiperestimulação visual, que leva a esse cansaço e a essa irritação.

A falta de linguagem corporal, a mobilidade prejudicada, ou seja, a sensação de estar preso ao ângulo de visão da câmera.

Autoavaliação

Outro “gatilho” costuma ser a autoavaliação constante, aliada ao sentimento de pressão social, porque a pessoa percebe que está sendo observada por todos, em todos os momentos, e não fica à vontade.

A exaustão também pode ser causada pela necessidade de aumentar a atenção no decorrer das vídeo-chamadas, que exigem um esforço maior para processar pistas não verbais dos participantes.

Sem falar que muitas pessoas se sentem obrigadas a olhar para a tela o tempo inteiro, como forma de demonstrar que seguem atentas à reunião, e isso consome muita energia.

Por fim, a tendência às distrações é mais um aspecto que pode ocasionar o desgaste mental, uma vez que os profissionais acabam propensos a realizar tarefas paralelas durante a call.

Diante desse contexto, Bárbara, graduada em psicologia, orienta os profissionais a ficar muito atentos ao bem-estar no dia a dia.

Afinal, o estado permanente de cansaço pode evoluir para um esgotamento total, com prejuízos significativos para ao corpo e a mente.

E ainda afeta diretamente a produtividade e a concentração em casa e no trabalho.

“As empresas mais preparadas e estratégicas já têm desenvolvido programas e até novas políticas internas para o apoio aos funcionários em home office”, diz,

E destaca: “Estão aproximando cada vez mais o setor de Recursos Humanos do negócio e dos colaboradores”.

Em busca de mitigar as chances de “Fadiga do Zoom”, ações voltadas à saúde e ao descanso mental dos profissionais estão sendo implementadas.

Além de soluções inovadoras e mais prazerosas de usar videoconferência.

Estratégias

Em linhas gerais, é possível ressaltar algumas estratégias para amenizar o impacto negativo do excesso de encontros remotos e do uso de tecnologia.

Entre eles, portanto, não emendar reuniões sequenciais, ampliar intervalos entre elas e evitar conferences com duração muito prolongada.

Além disso, substituir chamadas de vídeo por áudio, quando possível; e o incentivar o período de trabalho produtivo e sem conversas virtuais.

No caso das lideranças, usar algum tempo para realmente verificar como as pessoas estão é muito importante.

Equilibrar o real e o virtual, garantindo o uso saudável da tecnologia, é, em conclusão, a melhor maneira de prevenir esses sintomas.

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