Neste Dia Nacional do Policial e Bombeiro Militar, SSP homenageia os 83 mil profissionais que atuam no Estado
Ser policial é uma missão nobre escolhida por milhares de homens e mulheres em todo o País.
Dedicar-se à segurança e proteção da sociedade, muitas vezes com o sacrifício da própria vida, é um gesto, em primeiro lugar, de amor ao próximo que vai além da simples escolha de uma profissão.
Entre as inúmeras histórias de persistência e sonhos que permeiam o ingresso nesta carreira, existem aquelas que foram passadas entre gerações e formaram grandes profissionais da segurança.
Neste Dia Nacional do Policial e Bombeiro Militar, a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo, como forma de agradecer pelo empenho e dedicação de cerca de 83 mil homens e mulheres que integram a Polícia Militar e escolheram servir e proteger diariamente os cidadãos paulistas, homenageia pai e filha que juntos compartilharam e realizaram o mesmo sonho: ser policial.
Mauá
Há 33 anos, Luiz Gaffo Filho entrava para a PM servindo na antiga 3ª Cia do 10º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano, responsável pela área que corresponde a Mauá.
Durante os anos que atuou na Instituição, foi exemplo para colegas de profissão e também para sua filha, na época com 7 anos
“Ele sempre trabalhava muito alegre e tinha orgulho de passar com a viatura pela rua de casa, aquilo me encantava. Era atencioso com os pertences e fazia questão de engraxar as botas e passar a farda todos os dias. Ele sempre ajudou as pessoas e participava do que hoje é a atual polícia comunitária”, relata, em resumo, a Sargento Gaffo.
O policial não media esforços durante suas atividades e estava sempre pronto para ajudar.
Mas, foi em 1991, após longo dia de trabalho, que sua carreira foi interrompida.
Tetraplegia
Atendendo ao pedido de ajuda de um vizinho que havia sido vítima de roubo, o veterano foi em busca dos suspeitos e acabou sendo baleado após troca tiros.
Isso resultou, acima de tudo, em uma lesão da medula espinhal e seu consequente quadro de paraplegia.
“Dentro da Polícia Militar eu conheci milhares de pessoas e fiz amigos que carrego para a vida, eles se tornaram familiares. Tenho amigos há mais de 30 anos, de quando comecei a carreira, e até hoje temos nossa relação pessoal. O apoio que eu recebi de toda a PM quando passei pelo acidente foi algo fora do comum, eles são pessoas leais, amigas e que sempre estão presentes me ajudando no que eu preciso. São verdadeiros anjos que Deus colocou na minha vida”, desabafa, da mesma forma, o veterano Luiz Gaffo.
Mesmo diante do ocorrido, seu amor e apreço pela farda militar não diminuíram e foram cruciais para despertar o mesmo desejo em sua filha mais velha.
Filha presenteia
Ao completar 18 anos, Ligiane Gaffo prestou, portanto, a prova para ingressar na Polícia Militar, e em 2003 deu de presente ao pai mais um motivo para se orgulhar.
“Eu sempre tive vontade de ter filhas mulheres e não esperava que ela fosse seguir a carreira militar como eu, mas quando esse desejo despertou fiquei muito feliz e orgulhoso por isso. Quando a vi fardada pela primeira vez identifiquei um pouco de mim ali, foi algo maravilhoso. Hoje ela está seguindo a carreira, seguindo meus passos, eu me vejo nela e fico muito feliz”, relata, emocionado, o pai.
Atualmente a sargento PM Gaffo, que leva com orgulho o mesmo nome de guerra de seu pai, integra a equipe de Comando de Policiamento de Área Metropolitano 6 (CPMA/M-6) com objetivo de preservar, proteger e salvar vidas.
“Não é uma tarefa fácil, quando somos pequenos achamos que ser policial é ter uma viatura e uma farda, mas na verdade é ter a capacidade de ajudar o próximo, intervir em situações e auxiliar a população. Ser policial é poder fazer o bem, proteger os outros e acima de tudo salvar vidas. É muito gratificante e uma sensação única. Poder vestir uma farda é uma vivencia indescritível”, diz, em conclusão, a policial.