A Secretaria de Saúde da Prefeitura de São Caetano realizou nesta quinta-feira (27.05) audiência pública para prestação de contas do primeiro quadrimestre de 2021.
A plenária, realizada na Câmara Municipal, foi marcada, em suma, pela transparência na explanação de despesas e investimentos e a eficiência da gestão no setor.
Ao prestar contas financeiras, a audiência apresentou, além disso, informações sobre ações de combate à pandemia e evolução da vacinação na cidade, a que mais vacina na Região Metropolitana.
Despesas e ações
A secretária Regina Maura Zetone detalhou, portanto, todas as despesas e ações executadas na Saúde, que somam investimento de 28,52% do orçamento aplicado no setor, cerca de R$ 120,9 milhões, valor acima do mínimo – 15%, exigido pela Constituição Federal.
“Se compararmos a evolução ano a ano de aplicação em Saúde, no primeiro quadrimestre saltamos de 23,17% em 2018 para 28,52% este ano. Investimento que se assemelha aos primeiros meses do ano passado, 29,42% devido ao investimento em ações de combate à pandemia”, explicou Regina Maura.
A secretária falou, acima de tudo, de diversas auditorias para a fiscalização de internações, prontuários, contratos e ações da Saúde de forma permanente.
“Como hoje, temos contrato de gestão, avaliamos e fiscalizamos tudo que é feito através do contrato e fazemos auditoria dos nossos próprios hospitais. Com a auditoria é possível identificar pontos importantes e sugerir mudanças que ajudam a otimizar a prestação dos serviços.”
Sobre os serviços ambulatoriais que envolvem procedimentos diagnósticos de coleta de material, laboratório clínico, raio x, ultrassonografia, tomografia, endoscopia entre outros, houve queda de 25% em relação ao segundo quadrimestre com a execução de 459.089 procedimentos.
“Com a segunda onda que chegou no início de março, precisamos diminuir os procedimentos diagnósticos que não eram de urgência e emergência. Alguns casos como ressonância magnética, que atendemos em média 120 pessoas ao mês, atendemos 296 em quatro meses”, explicou, da mesma forma, Regina Maura.
Horários estendidos
Agenda de horários estendidos, inclusive aos sábados e domingos, foi necessária para atender à demanda reprimida de exames de imagem.
Eles ficaram represados, por exemplo, por conta da segunda onda da pandemia.
Durante a apresentação, Regina Maura falou sobre os picos de internações que a cidade enfrentou nos meses de março e abril.
“O pior cenário foi no nosso Hospital Municipal de Emergências Albert Sabin (HMEAS), onde chegamos a internar 277 pessoas no mês de março. No mesmo mês, o Complexo Hospitalar mantinha 160 pessoas internadas”, afirmou.
Com a demanda em alta, foi necessário adotar uma estratégia emergencial para desafogar os atendimentos do HMEAS transferindo os atendimentos de síndromes gripais para a UBS Caterina Dall’Anese que passou a funcionar 24h.
“Atravessamos momentos críticos com um grande número de pessoas internadas, casos mais graves, e internações mais prolongadas, com pacientes que ficaram em média 40 a 60 dias na UTI”, justificou Regina Maura.
A secretária falou, além disso, sobre a evolução da vacinação. A criação de novos leitos no Complexo Hospitalar e a reabertura do Hospital de Campanha.
Ações que, em conclusão, garantiram a ampliação de leitos totalizando 82 leitos de UTI e 96 de Enfermaria para atendimento exclusivo de covid.