P. Penedo
Evidências
Em 1983, na Florida, uma lei proibia nudez em casas noturnas que serviam comida. Cumprindo a regra, investigadores prenderam dançarinas de uma boate que servia comida e exibiam, segundo os policiais, demasiadas partes do corpo. No julgamento, o advogado das dançarinas argumentou que as partes anotadas na denúncia como ilegalmente mostradas eram perfeitamente cobertas por amplas calcinhas. E solicitou ao juiz que as moças exibissem a dança no tribunal. O juiz recusou a apresentação da dança, mas permitiu que mostrassem as calcinhas. Após a exibição, reconheceu que as peças de roupa, de fato, cobriam o suficiente, e as moças foram liberadas. A foto que ilustra essa edição foi clicada pelo fotógrafo do tribunal.
Nos trilhos do café
Há várias versões sobre a origem do nome expresso para o cafezinho. Uma delas dá como origem a rapidez como é preparado. Outra diz que a palavra italiana espresso quer dizer espremido, e, como esse tipo de café é espremido sob pressão… E por aí vai. Mas minha versão predileta é a de que, como as máquinas de café sob pressão, quando surgidas na Itália, eram enormes monstrinhos metálicos que soltavam vapor pra todos os lados e lembravam as locomotivas a vapor da época, acabaram apelidadas de ‘espresso’, como eram denominadas certas linhas italianas de trem. Combina mais com o espírito buona gente dos queridos macarrones.
Conjecturas
A bolsa é um negócio arriscado. Principalmente quando se está passeando distraidamente pelo centro das grandes cidades.
Na selva das grandes cidades o que mais se vê é cimento armado.
É feito do mesmo ar que apaga a vela do bolo o vento que acende velas no mar.
Ao ser expulso do colégio aprendeu a lição.
Flagrante
Na noite da minha rua
Debaixo da grande lua
Grita uma louca demente
‘Você precisa sumir!’
Como resposta a seguir
Ao lado da mesma lua
Na noite da mesma rua
Desaba uma estrela cadente
Viva Francisco
Chico faz 80. Anos atrás, a filha, Silvia Buarque, revelou que observou o pai cantarolando por dias seguidos a música Every Time We Say Goodbye, de Cole Porter. Curiosa, quis saber a razão daquela cantoria diária de uma mesma música. ‘Porque talvez essa seja a música mais linda do mundo’, foi a resposta.