Em sua primeira fase, polêmico ‘Terra 2’ permite ao jogador usar dinheiro real para comprar e vender propriedades digitais; veja dicas para começar
Imagine um planeta Terra dividido em trilhões de quadrados virtuais, que podem ser comercializados com dinheiro real. Essa é a proposta inicial da plataforma Earth 2 (Terrra 2), que vende a ideia de ser não apenas uma realidade alternativa digital, mas um jogo no qual as pessoas possam se sentir fisicamente em qualquer lugar do mundo.
Lançada em novembro de 2020, a plataforma permite, nesta primeira fase, a compra e venda de terrenos virtuais com uma visualização “à la Google Earth”. Um E$ (o dinheiro do jogo) equivale a um dólar (US$). Há lotes mais caros e mais baratos, com atualização diária de preços, dependendo do lugar escolhido. Os terrenos, de cerca de 100 metros quadrados, valem de centavos de dólar (em Camarões, por exemplo) a quase US$ 60 (nos EUA).
Cautela
Então, fica a pergunta: comprar lotes virtuais pode ser um bom investimento? A resposta é sim, mas é preciso investir com cautela neste momento, de acordo com Augusto Angelis, head de Marketing, Produtos e Novos Negócios da Connectcom, empresa brasileira de serviços de tecnologia, referência em soluções de TI.
“Dentro do jogo, os terrenos sofrem variações de preço de acordo com fatores como popularidade, procura e quantidade de recursos naturais mapeados. Os espaços podem ser comprados e vendidos, gerando até o momento valorização de até 20 vezes o valor original”, afirma o especialista.
Moeda
Segundo ele, o dinheiro virtual do jogo não é uma criptomoeda (como uma bitcoin), mas a tendência é que o E$ se transforme, sim, em uma. Os jogadores podem sacar o dinheiro do jogo, com taxas de até 2% de acordo com o valor retirado.
“Além de poderem manipular a própria moeda (E$), os proprietários no futuro poderão explorar estes espaços e replicar ambientes físicos, construir novos espaços e até, quem sabe, convidar pessoas para conviver neles. A realidade virtual é uma forte tendência e o Earth 2 deverá fazer parte desse modelo nos próximos anos”, diz Angelis.
O jogo promete, nas próximas fases, permitir novas ações dos jogadores, como exploração de matérias-primas, construção de imóveis e, no futuro, até a interação pessoal/virtual – a tão sonhada realidade virtual plena idealizada pelo criador da plataforma, Shane Isaac, CEO do Earth 2.
DICAS PARA COMEÇAR
Veja abaixo, em primeiro lugar, alguma dicas para se aventurar na compra e venda de propriedades do Earth 2:
Estude o jogo
Há vários tutoriais na internet, inclusive oficiais. Infelizmente, a maioria das dicas confiáveis ainda está em inglês. Mas já é possível achar alguns deles em português no YouTube.
Analise os terrenos
Entenda, portanto, como funciona a valorização e desvalorização de terrenos. Veja quais áreas têm tido maior acréscimo de valor e o porquê. Alguns terrenos são mais caros porque são ricos em recursos naturais, o que a curto prazo pode não interessar, mas a longo prazo pode gerar mais benefícios ao proprietário.
Lembre-se do mundo real
Os valores dos espaços estão lastreados além do eixo procura/oferta, mas também em informações do mundo real, ou seja, se uma mina de cobre é descoberta em um espaço na Terra, ela pode valorizar na Terra 2. Se um terremoto acometer o nosso mundo físico, isso afetará o valor do terreno no mundo virtual.
Comece com pouco dinheiro
Separe um valor pequeno para testar a plataforma e o jeito de fazer negócios. Se conseguir uma boa valorização, teste uma retirada de valor para saber como funciona. Vá aos poucos e seja cauteloso: considere esse investimento como de risco ou de alto risco.
Fique ligado nas novidades
Acompanhe o andamento e a evolução do jogo, leia notícias, antecipe tendências. Lembre-se: ainda há muitas polêmicas, e mesmo dúvidas sobre se este projeto realmente vingará. É importante estar bem informado sobre ele.
Sobre a Connectcom
A Connectcom, uma das 150 maiores empresas de tecnologia do Brasil, desenvolve soluções e produtos de tecnologia para apoiar seus clientes nas áreas de desenvolvimento de sistemas, serviços e negócios digitais. São, em conclusão, mais de 1.300 colaboradores voltados para transformação digital, inovação e aceleração de negócios.