Joaquim Alessi
Famoso por gravar a versão nacional de “Diana”, originalmente cantada pelo canadense Paul Anka, Carlos Gonzaga nos deixa aos 99 anos de idade.
Ele estava residindo havia pouco mais de um ano em Velletri, na Itália, mas morou por muitos anos em Santo André.
Em meados da década de 1980, no segundo governo do Dr. Newton da Costa Brandão, o artista brindou a cidade com uma linda apresentação no Parque do Ipiranguinha.
Tive a honra de estar nesse show inesquecível, quando ele cantou vários de seus sucessos.
Conversei bastate com ele naquele dia, antes de chamá-lo ao palco para a exibição.
“Diana” virou hit nas rádios brasileiras em 1958, ano de seu lançamento.
Além disso, voltou a ficar em foco nos anos de 1970, quando fez parte da trilha sonora da novela “Estúpido Cúpido”, da Globo.
Mineiro de Paraisópolis, onde nasceu a 10 de fevereiro de 1924, Gonzaga também fez versões nacionais de canções como “Only You”, “Bat Masterson”, “The Great Pretender”, “Oh, Carol”, e “It’s Not For Me to Say” — faixas rebatizadas por ele para “Só Você”, “Bat Mastersón”, “Meu Fingimento”, “Oh, Carol” e “Quero te dizer”.
Origem humilde
Mas, seu nome real é José Gonzaga Ferreira.
De origem simples, começou cedo a trabalhar, portanto, em sua cidade.
Adulto procurou, por exemplo, melhores trabalhos em cidades maiores como Vale do Paraíba, Campos de Jordão e São José dos Campos, entre outros.
No final da década de 1940, decidiu morar na Capital paulista e começou a trabalhar em uma fábrica.
Incentivado pelos colegas e conhecidos, impressionados com sua afinação vocal, começou, além disso, a participar de programas de calouros.
Com o passar do tempo conseguiu chamar a atenção e foi contratado como cantor fixo na Rádio Tupi de São Paulo.
Daí para a frente, o estrondoso sucesso foi fatal.
O corpo do cantor Carlos Gonzaga será sepultado na segunda-feira, 28 de Agosto de 2023, às 10:00 da manhã no horário local (5:00 da manhã no horário de Brasília), no Cemitério Monumental da cidade de Velletri (RM) na Itália.