Bom desempenho foi puxado pela criação de postos de trabalho, abertura de empresas do setor e aumento de turistas em destinos paulistas
O turismo de São Paulo vai ocupar uma parcela ainda maior da economia paulista: 9,6% do PIB até dezembro deste ano.
A estimativa é do Centro de Inteligência da Economia do Turismo (Ciet), ligado à Secretaria de Turismo e Viagens do Governo de São Paulo.
Espera-se, acima de tudo, movimentação financeira recorde de R$ 315 bilhões, a maior da série histórica; um crescimento de 5,1% em relação a 2023.
A escalada do turismo paulista deve-se, especialmente, em primeiro lugar, ao bom desempenho de três indicadores.
O primeiro deles, e mais importante, é, em suma, o aumento de turistas em destinos de todo o Estado.
São Paulo, por exemplo, deve fechar o ano com a visita de 49 milhões de turistas: 46,7 milhões de brasileiros e 2,2 milhões de estrangeiros que visitam o Estado em busca de destinos de lazer, grandes eventos e negócios.
Empregabilidade
O segundo fator é, além disso, o aumento da empregabilidade.
São 45 mil novos empregos formais diretos ligados ao turismo em postos de trabalho relacionados a hospitalidade, transporte e alimentação, segundo o Ciet.
A demanda teve o reforço da Academia do Turismo, o maior programa de capacitação e formação no setor de turismo do Estado.
A iniciativa foi lançada em novembro e oferece 22 mil vagas em cursos gratuitos para o setor.
São Paulo também teve a criação de quase nove mil empresas relacionadas ao setor, com destaque para o crescimento de 11% no setor de locação de veículos.
Metade das locações de carros no país estão relacionadas ao turismo, segundo a Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis.
As vagas também estão nos oito aeroportos regionais como Araraquara e São José dos Campos, que retomaram os voos em todo o Estado.
Para realizar a análise, o Ciet se baseou em informações do IBGE no que se refere à receita gerada e à quantidade de atividades turísticas de São Paulo. Também foram coletados dados da Anac, Artesp e Socicam sobre o movimento de passageiros em diferentes meios de transporte.
O estudo ainda levou em conta, em conclusão. dados do Caged relacionados à criação e extinção de empregos formais no setor, dados do Seade sobre o crescimento do PIB do estado e dados do Ipea sobre a evolução da massa salarial dos trabalhadores.