Joaquim Alessi
Diante da estupefação provocada em Diadema e em todo o ABCD pela notícia de condenação em primeira instância em processo motivado pela disputa eleitoral de 2024, o prefeito, Taka Yamauchi (MDB), veio a público nesta sexta-feira (26.12) para manifestar sua indignação e, ao mesmo tempo, lembrar, em primeiro lugar, que trata-se de decisão sobre a qual cabem inúmeros recursos.
Ou seja, qualquer manifestação ou julgamento no momento fora do âmbito jurídico, será meramente extemporâneo e político no sentido mais baixo do termo.
Além disso, Taka afirmou confiar plenamente no devido processo legal e, mais do que isso, não se escondeu, ou fugiu de explicações.
“Não me escondo, não me calo e não me afasto”, disse, em suma, na nota oficial divulgada, publicada a seguir:
Íntegra da nota oficial
“Nos últimos dias, recebi inúmeras mensagens de apoio, carinho e preocupação. Quero agradecer de coração a cada pessoa que se manifestou — isso fortalece e me lembra porque escolhi servir Diadema.
‘Preciso dizer, com toda a serenidade possível, mas também com a indignação de quem sabe o que viveu: a decisão da Justiça Eleitoral é de primeira instância, ainda está em trânsito, e será objeto de todos os recursos cabíveis. Confio plenamente no devido processo legal e no direito à ampla defesa, fundamentos essenciais do nosso país.
‘A manifestação que originou essa decisão aconteceu durante o processo eleitoral de 2024, em um debate público promovido pelo G1, onde tratei de temas que o Brasil inteiro discute há anos.
Reafirmei uma realidade que está nos noticiários, nos dados e nas ruas: “o Brasil vem sofrendo há muito tempo com o crime organizado.”
Relatei também uma matéria que havia saído dias antes na mídia sobre o repasse de mais de um bilhão de reais a cidades aliadas do governo federal.
‘O contexto era claro: cobrei transparência sobre recursos que chegaram de forma apontada como irregular, conforme noticiado — inclusive pelo UOL — e questionei onde tais recursos foram aplicados. Essa pergunta, que considero legítima e necessária em qualquer democracia madura, acabou transformada em objeto de condenação.
‘É duro ver uma fala sobre a defesa da transparência se tornar razão de ataque.
‘Mas sigo tranquilo, porque não falei mentira, não inventei fato, nem ataquei pessoa alguma — questionei o uso de recursos públicos, o que considero um dever de qualquer agente político comprometido com o interesse coletivo.
‘Com respeito às instituições e confiança na Justiça, continuo trabalhando normalmente, junto da minha equipe, com responsabilidade, transparência e compromisso com o povo de Diadema.
‘Não me escondo, não me calo e não me afasto — sigo de pé, porque sei que a verdade prevalece para quem age com honestidade e propósito.
‘Seguimos firmes.
‘Taka Yamauchi'”
