Ecoponto especial no centro de compras foi viabilizado por meio de parceria entre o Semasa, o Atrium e as empresas Reciclo e Circular Brain
Os resíduos eletrônicos são um dos tipos de lixo que mais crescem no mundo e o Brasil já é o quinto maior gerador desses resíduos no mundo. Um problema global, que depende de iniciativas locais para que a destinação ambientalmente correta seja eficiente. Por isso e para ampliar o acesso da população aos locais que recebem descarte de produtos eletroeletrônicos, o Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) e o Atrium Shopping se uniram em parceria às empresas Reciclo Inteligência Ambiental e Circular Brain para oferecer uma estação de coleta de eletroeletrônicos dentro do empreendimento.
A partir desta sexta-feira (26) o espaço está aberto para a população. A inauguração contou com a presença do prefeito Paulo Serra, do superintendente do Semasa, Ajan Marques de Oliveira, além dos representantes do Atrium Shopping e das empresas parceiras.
O prefeito Paulo Serra destacou a ação como mais uma iniciativa da gestão, que visa a sensibilização ambiental, a logística reversa e o desenvolvimento. “É inconcebível a gente falar de futuro se não tivermos muito claro que todas as diretrizes dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e de sustentabilidade têm que estar presentes em qualquer planejamento. O que estamos fazendo aqui hoje é dando exemplo para a sociedade que a sustentabilidade tem que ser uma preocupação prioritária para os gestores”, comenta.
O ecoponto especial funciona diariamente, de acordo com o horário do shopping e, no local, os frequentadores podem descartar equipamentos de informática e telefonia, como teclados, computadores, notebooks, placas de circuito, celulares; equipamentos de áudio e vídeo como rádio, caixas de som, cabos, antenas, autofalantes e televisores de tela plana; além de eletrodomésticos de pequeno porte, como liquidificadores, secadores, chapinhas, ventiladores e outros.
“Por ano, são descartadas mais de duas mil toneladas de resíduos eletroeletrônicos em Santo André. Nossa cidade é referência em gestão de resíduos sólidos e seguimos buscando soluções para facilitar o descarte dos materiais por parte da população e a experiência deste local é importante, pois foi concebida sem uso de dinheiro público”, explica o superintendente do Semasa, Ajan Marques de Oliveira.
Com o novo local, o objetivo é que o morador tenha mais uma opção, além das Estações de Coleta convencionais disponibilizadas pelo Semasa. No Atrium Shopping, munícipes de outras cidades também podem fazer a disposição de seus eletroeletrônicos quebrados ou fora de uso. Os eletroeletrônicos coletados serão encaminhados à reciclagem, por meio da Reciclo.
“O Atrium já abriu as portas com essa preocupação com o meio ambiente em seu DNA e, por isso, está sempre em busca dessa contribuição tão importante para a sociedade, como diminuir o impacto ambiental com o descarte correto do lixo, gerado pelo empreendimento. Hoje já contamos com a coleta e destinação correta de diversos tipos de materiais, além do selo I-REC de energia limpa, que garante que 100% da energia elétrica do empreendimento é proveniente de fontes renováveis. Essa nova parceria vem para somar e proporcionar ainda mais comodidade para clientes e população no geral”, comenta o coordenador de operações do Atrium Shopping, Emerson Macedo.
De acordo com levantamento do The Global E-Waste Monitor 2020, anualmente mais de 53 milhões de toneladas de equipamentos eletrônicos e pilhas são descartados em todo o planeta. O lixo eletroeletrônico é um dos desafios da gestão de resíduos global, já que o número de dispositivos desse tipo de material cresce a cada ano. Além de sobrecarregar os aterros sanitários, os componentes químicos são prejudiciais ao meio ambiente caso sejam descartados e manuseados de forma incorreta, com potencial de contaminação do solo e de cursos d’água.
Também representam um grande desperdício, já que, quando reciclados, eles podem ser convertidos em matéria-prima para diferentes indústrias. Insumos são recursos limitados na natureza e o descarte correto permite o seu reaproveitamento e a diminuição das emissões de CO2.
Fotos: Eduardo Merlino/PMSA