Santo André encerra Operação Chuvas de Verão com fevereiro mais chuvoso da década

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Fotos: Helber Aggio/PMSA

Atuação conjunta das equipes da Prefeitura foi determinante para realizar um trabalho preventivo qualificado e focado na preservação de vidas

Terminou nesta sexta-feira (14.04) mais uma edição do Programa Operação Chuvas de Verão (POCV), que tem coordenação do Departamento de Proteção e Defesa Civil de Santo André.

A ação teve início, acima de tudo, em 1º de dezembro do ano passado.

Em evento no Complexo Esportivo Pedro Dell’Antonia, com participação do prefeito Paulo Serra, foram apresentados números que comprovaram a eficiência das equipes do município na atuação de forma preventiva apesar do mês de fevereiro com o maior volume pluviométrico dos últimos 10 anos – a média esperada era de 235.2 mm e a área urbana registrou 392.3 mm.

Mesmo com essa situação envolvendo as chuvas recorrentes, o município demonstrou que está mais resiliente e preparado para eventos extremos em face às mudanças climáticas e crescimento urbano. A região de Santa Teresinha, por exemplo, foi – entre as áreas urbanas – a que recebeu o maior volume de chuvas (472.7 mm) em fevereiro, mas as ações das equipes foram rápidas na resposta e recuperação. Já Paranapiacaba registrou 515.8 mm no período.

Tecnologia

Com o investimento também em tecnologia, o município conta com 26 estações meteorológicas próprias e 440 câmeras de monitoramento (serão 754 até o fim do ano) em locais estratégicos, que auxiliaram a prevenção e a resposta às emergências, bem como outras soluções, caso das 561 bocas de lobo inteligentes e dos 78 fluviômetros que estão sendo instalados. Somando todas as ações, o valor empenhado foi de aproximadamente R$ 37 milhões.

Desde o início do POCV, em 1º de dezembro, até o seu encerramento, o Departamento de Proteção e Defesa Civil, junto dos demais órgãos municipais da Prefeitura envolvidos, realizou 1.248 vistorias em edificações, árvores com risco potencial para queda e áreas de deslizamento, desbarrancamento, enchentes, inundações ou alagamentos.

Atendimentos

Foram realizados 107 atendimentos relacionados à assistência humanitária, com a doação de 1.574 itens (colchões, cobertores, alimentos, roupas, kits limpeza e higiene) e realizadas 142 vistorias preventivas, das quais foram feitas 24 interdições de habitações em risco.

“Não tivemos um grande evento como em 2019, mas tivemos 30 ou 40 milímetros seguidos em quase todos os dias de fevereiro (25 dos 28 dias). Passar por este período, com locais com mais de 500 milímetros de chuva, e mesmo assim com baixíssimas ocorrências mostra com muita clareza que a gente está no caminho certo”, enalteceu o prefeito Paulo Serra.

As equipes do Programa Operação Chuvas de Verão realizaram 168 atendimentos emergenciais relacionados a árvores, sendo 82 remoções preventivas e de resposta e 86 recolhas de galhos após tempestades.

Foram mais de 294 toneladas de resíduos removidos das ruas, rios, córregos, bocas de lobo e limpeza geral durante o período da ação.

Preventivamente, as equipes do Departamento de Proteção e Defesa Civil treinaram e capacitaram, por exemplo, mais de 500 servidores e moradores.

Atenderam mais de 7 mil alunos da rede municipal de ensino com assuntos relacionados à percepção de riscos e diminuição de desastres.

Além disso, promoveram vistorias preventivas e monitoramento constante das áreas de risco.

Modelo de gestão

“A dedicação e o empenho fazem Santo André ser referência, exemplo e modelo de gestão, em especial no combate às enchentes e na prevenção nesse período mais chuvoso. Hoje as pessoas que moram em Santo André, mesmo sabendo dos riscos, das mudanças climáticas, se sentem protegidas graças a cada um e cada uma de vocês (profissionais das equipes responsáveis). Tem investimento, planejamento e disposição, mas tudo isso não causaria efeito se a gente não tivesse uma equipe que trabalha 24 horas por dia, sete dias por semana”, destacou, em resumo, o prefeito andreense.

Diretora do Departamento de Proteção e Defesa Civil, Priscila Oliveira celebrou o que definiu como “balanço positivo”.

“Tivemos poucas ocorrências, não tivemos grandes desastres, apesar do grande volume pluviométrico. Então a cidade está mostrando que está mais bem preparada, a infraestrutura de drenagem está mais robusta. Destaco a prevenção feita durante todo o ano por todas as áreas, seja com obras, treinamentos e do investimento em monitoramento. Aquela frase ‘A Defesa Civil somos todos nós’ não é apenas uma frase. A Defesa Civil é um sistema e todos em suas áreas contribuem para a redução de riscos e desastres”, afirmou, em conclusão.

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