Número contabilizado pelo Caged é, em primeiro lugar, 18% maior do que o registrado no ano anterior
Santo André registrou, acima de tudo, a criação de 10.410 empregos em 2022.
O número representa, em suma, o saldo de postos de trabalho criados na cidade (quantidade de admissões menos demissões em regime de CLT).
Foram contabilizados pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério do Trabalho.
Além disso, o número é 18,84% maior do que o saldo de 2021, que foi de 8.759 postos criados.
Uma análise dos números, que levou em conta o desempenho dos municípios da região nos últimos cinco anos, realizada pela Gerência de Indicadores Econômicos e Sociais (Gise) de Santo André, aponta um crescimento significativo do saldo de empregos na cidade principalmente nos últimos dois anos, denotando os efeitos do processo de retomada do nível de atividade econômica após a pandemia de Covid-19.
Na avaliação do secretário de Desenvolvimento e Geração de Emprego, Evandro Banzato, este resultado espelha o sucesso dos três pilares que regem as ações da secretaria e estão atraindo investimentos para a cidade: a melhoria do ambiente de negócios, o incentivo à competitividade das empresas e a qualificação profissional.
Desburocratização
“A simplificação e a desburocratização em diversos segmentos da cidade colaboraram de maneira direta para que Santo André tenha obtido esses números positivos ano após ano. Programas como o Papel Zero, a implementação da plataforma Acto, o inicio do programa Via Rápida Empresa, combinados com outras ações do governo, transformaram a cidade em campo fértil para atração novos investimentos e consequentemente a geração de emprego e renda”, diz Banzato.
Segundo Banzato, esses números ficam claros ao se verificar a ampla atração de investimentos no setor químico, petroquímico e de borracha.
Também na construção civil e serviços, com destaque para as franquias na área de alimentação e para o setor de serviços hospitalares.
Segundo a Associação Brasileira de Franquias, Santo André figura entre as dez cidades que mais atraem franquias no País.
“É importante destacar que nos últimos anos Santo André se tornou o principal pólo gastronômico da região do ABCD, atraindo inúmeros empregos. Isso também é fruto de um extenso programa de qualificação que a cidade, em parceria com o Governo do Estado de São Paulo, por meio do programa Via Rápida Emprego, em conjunto com a Escola de Ouro Andreense, proporcionou ao realizar diversos cursos de qualificação nesse segmento”, conclui.
Balanço anual
Em 2017, o levantamento do Caged indicou a criação de 897 empregos com carteira assinada, em 2018 esse número foi ainda menor, com 343 postos.
Em 2019 o panorama começou a melhorar, com saldo positivo de 2.305 empregos.
Mas com a chegada da pandemia de Covid-19, em 2020, o saldo foi negativo. Foram 5.672 postos de trabalho fechados naquele ano.
Segundo o economista da Gise, Sandro Renato Maskio, os números refletem momentos econômicos muito diferentes.
“O período de 2017 a 2019 foi de baixo crescimento econômico, de dificuldade de retomada da atividade produtiva após a recessão dos anos de 2015 e 2016 em especial”, explica.
O segmento de serviços foi o que mais contratou em 2022, ao ser responsável pela criação de 7.516 vagas do total de 10.410 postos de trabalho.
A construção civil ficou em segundo lugar, mas com ampla diferença, já que foram criados 1.486 empregos no ano passado.
O comércio ocupou a terceira posição, com 1.088 postos criados.
O setor da indústria ficou com 323 novos empregos com carteira assinada e a agropecuária com resultado negativo de 3 postos de trabalho.
Na análise de 2017, o segmento de serviços também foi o que mais contratou, mas naquele ano foram criados 871 postos.
A indústria criou 64 postos de trabalho, a construção civil registrou saldo de 37 empregos, e o comércio apresentou saldo negativo de 71 empregos.
No segmento da agropecuária, muito incipiente na cidade, o saldo foi negativo em 4 oportunidades de emprego.
ABCD
As sete cidades do ABCD criaram 29.726 vagas com carteira assinada em 2022, segundo o levantamento.
O setor de serviços foi, também na região, o que teve melhor desempenho no ano passado. Em 2022, os serviços foram responsáveis por 18.434 vagas.
Mas, esse desempenho ficou aquém do registrado em 2021, quando foram geradas 36.504 vagas no ABCD, também com o setor de serviços na dianteira, com 15.613 novas vagas com carteira assinada.
Em 2020, período de maior dificuldade na economia, a região apresentou saldo negativo de 17.182 postos de trabalho.
Em 2017, também houve saldo negativo na região, mas bem menor, de 3.918 vagas, no ABCD.
O resultado foi puxado pela indústria, que naquele ano apresentou saldo negativo de 4.596 postos de trabalho, e pelo setor da construção civil, com menos 1.092 empregos com carteira assinada.
O setor de serviços, naquele ano, teve também, da mesma forma, saldo positivo de 857 oportunidades geradas.
No ano seguinte, 2018, a região gerou 8.070 empregos com carteira assinada. Em 2019, o saldo foi, em conclusão, de criação 3.771 postos de trabalho.