Joaquim Alessi
Há 20 anos o Grand Chef de Cuisine Oliviier Anquier vive seu intenso amor com o Centro da Capital paulista, além da Adriana Alves, claro.
Mas, nesta véspera da data de Proclamação da República, ele fundou a República da Gastronomia ao lado da praça que lembra o feito.
Rua Basílio da Gama, 29, (poeta e autor de O Uruguay), no Edifício Esther, abriu as portas do L’entrecôte d’Olivier Rooftop.
Do topo de prédio, no 11º andar, vê-se paisagem lindíssima de São Paulo, mas ainda mais belo é o prato único servido aos comensais.
Tivemos a honra de ser convidados para esse momento histórico, ao qual compareceram, da mesma forma, o prefeito Ricardo Nunes, o vice-governador Felicio Hamtuh, o grande amigo João, marido da Chef Gil Gondin, entre outros.
Olivier estava radiante, mas lembrava um Chef em início de carreira, preocupado em atender a cada convidado com o máximo de dedicação.
Como é lindo ver um Chef renomado atuar como se fosse sua estreia no mundo da Gastronomia. Perguntava a cada um se estava bom, mesmo.
Sabia da aprovação, inevitável, mas queria ter certeza da excelência do atendimento. Aliás, exemplar por parte de cada um de seus colaboradores.
Todos perfeitos no atendimento, desde a recepção no térreo, com a ascensorista do velho e icônico elevador, maître, garçons e garçonetes, barman, cozinheiros, impecáveis.
“Uma nota só”
Pode-se estranhar o título de “restaurante de um prato só”, mas quem conhece o trabalho de Anquier sabe perfeitamente bem do que falamos.
Aliás, quem também o clássico de Tom Jobim “Samba de Uma Nota Só” da mesma forma compreende o tamanho da homenagem prestada com a comparação.
“Eis aqui este sambinha feito numa nota só/Outras notas vão entrar, mas a base é uma só”.
Mas, o papo aqui é prato.
E o Entrecôte de Olivier Anquier é, acima de tudo, único.
Ele o criou a fim de oferecer um menu único, inspirado na sua casa na França.
Trata-se, em suma, do contrafilé sem gordura, servido com salada temperada e batatas fritas. Muitas batatas fritas, que podem ser repetidas.
O grande segredo agradado está sacramentado no molho, como cantaria Djavan. Criação de uma tia de Olivier e que ele não revela nem sob tortura.
No grand finale, uma mousse (em francês, mesmo) de chocolate servida às colheradas para se comer de joelhos.
O mais legal: é super em conta: tudo pelo preço fixo de R$ 150,00. E a versão executiva no almoço durante a semana sai por R$ 113,00.
Vale muito à pena disputar um dos 98 lugares.