Joaquim Alessi
O prefeito Orlando Morando e a presidente da Eletra, Milena Braga Romano, apresentaram no final da manhã desta quinta-feira (22.06) o primeiro Corredor Verde do ABCD.
Além disso, Milena garantiu, em primeiro lugar, que a Linha do Corredor Verde começa a circular em 30 a 60 dias.
E, da mesma forma, Morando revelou tratar-se do primeiro Corredor Verde de todo o ABCD.
Jornalistas foram convidados, por exemplo, para uma viagem de cerca de 10 minutos por São Bernardo para conhecer na prática a inovação.
Totalmente silencioso, o ônibus desliza pelas ruas, e, essa primeira Linha Verdade, terá o percurso do Parque Imigrantes até o Paço Municipal.
Medida é, além disso, o pontapé inicial dado pelo prefeito Orlando Morando para substituição gradativa de toda a frota.
Nesta etapa, serão, acima de tudo, sete veículos da Eletra, fabricados na cidade. Cada um tem o custo de R$ 2,5 milhões, revelou Milena.
Made in São Bernardo
Os moderníssimos ônibus elétricos integrantes do novo corredor são projetados e produzidos na fábrica da Eletra, sediada em São Bernardo.
Nesta primeira etapa, serão, por exemplo, sete unidades nestes moldes.
O modelo foi apresentado pelo chefe do Executivo, ao lado da presidente da Eletra, Milena Braga Romano, e representantes da BR7, responsável pela operação das linhas municipais.
O investimento privado, na ordem de R$ 2,5 milhões por unidade, totalizando, portanto, volume de R$ 17,5 milhões nesta fase.
“Estamos lançando o primeiro Corredor Verde da cidade, pioneiro da região. Nossa frota é composta por cerca de 400 veículos. Essa é a etapa inicial, importante, buscando ter sustentabilidade, práticas modernas no transporte coletivo, sem poluição do ar ou sonora. A produção se dá em São Bernardo, uma grande sinergia, gerando emprego no município. Em relação ao sistema, é um passo à frente, trazendo uma tendência de grandes centros do mundo”, frisou, em resumo, o prefeito Orlando Morando, acompanhado dos secretários municipais Delson José Amador (Transportes e Vias Públicas) e Ademir Silvestre (Concessões e Parcerias).
Linha 20
As novas unidades irão circular na Linha 20, encarregada já de atender cerca de 4.000 passageiros por dia.
O trajeto vai do Parque Imigrantes até o Paço Municipal, passando ainda pelas regiões do Royal Park, Batistini e Demarchi.
No total, são 28 paradas, incluindo dois terminais, como o Batistini, compreendendo um percurso de origem e destino de quase 30 quilômetros.
Juntos, os ônibus farão aproximadamente 100 viagens diárias – os carros, de 12,1 metros de comprimento, possuem capacidade para 72 passageiros.
Com tecnologia brasileira e mão de obra no município, os veículos têm autonomia de 240 quilômetros.
Isso dá condições de fazer uma viagem com trajeto de São Bernardo até Campinas sem carregar a bateria – além da emissão zero de gás carbônico (CO²) e outros poluentes.
A recarga da bateria ocorre num período médio de três horas, normalmente na garagem da empresa operadora.
Produção depende de recursos federais
O Corredor Verde no total entrará em funcionamento integral até o fim deste ano.
Presidente da Eletra, Milena sustentou que a capacidade de produção da fábrica, próximo à Via Anchieta, na Paulicéia, é de 1.800 ônibus elétricos por ano;
Ou seja, algo em torno de sete carros por dia. Mas a produção depende de recursos liberados pelo Governo Federal.
Recentemente, o presidente Lula visitou a Eletra, ganhou um modelo de ônibus elétrico de presente, e comprometeu-se em apoiar a produção.
“Grande diferencial é que a tecnologia é 100% desenvolvida no Brasil, por engenheiros próprios. Todas as peças utilizadas nos ônibus, como chassi, carroceria, bateria e motor, são nacionais. Isso nos dá segurança e uma garantia de manutenção simples, rápida e eficiente, por termos estoque disponível no mercado local”, disse, em suma.
Estrutura
Os novos ônibus destacados para o Corredor Verde irão contar, acima de tudo, com ampla estrutura e tecnologia.
Projetando-se para o futuro, assegurando conforto aos usuários, com ar-condicionado, conector para carregador USB e sistema de aceleração contínua e automática.
As unidades trarão, ainda, além disso, vantagens de economia, tendo menor custo de manutenção, e terão maior vida útil.
O motor elétrico e o equipamento de propulsão, que movem os ônibus elétricos, duram, em conclusão, de 20 a 25 anos.