“Informação gera empatia. Empatia gera respeito!”
Os dizeres de uma das muitas faixas na Caminhada Inclusiva pelo Abril Azul, mês de conscientização do TEA (Transtorno do Espectro Autista), resumem, em primeiro lugar, o objetivo do evento promovido pela Prefeitura de São Caetano do Sul, por meio da Sedef (Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência ou com Mobilidade Reduzida).
O combate ao preconceito e a promoção da inclusão social uniu, portanto, as famílias de São Caetano na manhã deste domingo (06.04).
“São Caetano foi a primeira cidade do ABC a ter uma Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência e continuamos a evoluir”, destacou, em resumo, o prefeito Tite Campanella.
Da mesma forma, ele anunciou a conclusão das obras do Complexo da Pessoa com Deficiência, que vão triplicar a capacidade de atendimento da Prefeitura.
“Esperamos entregar o novo equipamento, completamente equipado, por ocasião do aniversário da cidade, em 28 de julho”, disse, em suma.
Tal evento é uma jornada coletiva rumo a uma São Caetano mais acessível, inclusiva e justa para todas as pessoas”, lembrou, além disso, a secretária Magali Selva Pinto, titular da Sedef.
A secretária agradeceu a participação das famílias e de todos os apoiadores do evento – demais secretarias da Administração Municipal, além de diversas clínicas e instituições parceiras, que levaram diversas atividades recreativas, esportivas e culturais ao evento.
Dentre as atrações, houve música pela Fundação das Artes, espetáculo circense pela Cia. Suno, com a participação de palhaços e acrobatas.
Também teve dança, com o Ballet Sandra Amaral, e a presença da personagem Mika, da série de animação O Diário de Mika.
Conscientização
“Um evento como esse é muito importante. Há muita coisa que precisa mudar na sociedade. O mundo ainda não está preparado para os autistas”, afirmou Fabiane Batista, mãe da Maria Cecília (10 anos), e Daniel (4 anos), ambos no espectro do TEA.
Ela lembrou, por exexmplo, que o autismo não é uma condição perceptível à primeira vista, o que já fez seus filhos vivenciarem situações de incompreensão e intolerância.
E não foram apenas as famílias atípicas que apoiaram a caminhada.
As irmãs gêmeas Laura e Laurinda Paz resolveram participar em apoio a amigos autistas.
“Queremos incentivar essas ações. Há muita ignorância sobre o autista”, disse, em suma, Laura.
Ela destacou o preconceito de que o autista não gosta de se relacionar com outras pessoas.
“Temos um amigo muito querido na igreja que frequentamos, a Matriz Sagrada Família. Ele é carinhoso, chega abraçando todo mundo”, confirmou, da mesma forma, a irmã Laurinda.
Como dizia outra faixa levada à caminhada, o autismo é “uma forma diferente de ser, sentir e ver o mundo”.
Neste domingo, a Caminhada Inclusiva mostrou, em conclusão, que acolher essas diferenças é o caminho para uma sociedade melhor para todas as pessoas.