Vão dizer que é implicância de jornalista velho.
Aposentado, sem espaço, sem régua e muito menos compasso.
E é!
Verdade pura.
Mas, nada mais irritante que a nova modinha
de jornalistas sem letras para suas composições fora do tom.
Virou mania “pontuar”, a qualquer hora, todo lugar.
É um tal de “pontuou” aqui, “pontuou” lá e acolá.
Devem ter achado bonito, e, como carecem de vocabulário, vivem a repetir, sentindo-se, talvez, “intelectuais”, pelo uso e abuso do verbo, sem pensar.
Afinal, o que significa “pontuar”?
Ensina o “Pai” (dos burros, entre os quais me incluo): “’pontuar’ significa colocar sinais ortográficos e quase nada mais (o termo é usado também em música, segundo o Aurélio).”
Portanto, caros redatores de plantão, pontuar não é sinônimo de analisar, de declarar, de concluir.
Pontuar é colocar pontos corretamente, algo que raríssimos jornalistas fazem direito, infelizmente.
De tanto conjugar o verbo, vão acabar fazendo o que já fazem há décadas com o intervir, escrevendo “interviu” no lugar de interveio.
E daqui a pouco surge “eu ponteio”…
Sem ser a grande música festivaleira de Edu Lobo e Nara Leão, duas feras literais da canção.
Enfim, é só um ponto para reflexão.
“Pontuei”?
Uma vírgula.
E ponto final!