Joaquim Alessi
Antes chamado de APL (Arranjo Produtivo Local), agora denominada CPL (Cadeia Produtiva Loca), mas o que importa é que o Polo de Cosméticos de Mauá tem agora a chancela do Estado.
Com isso, pode, em primeiro lugar, pleitear recursos para impulsionar o setor na cidade, gerando emprego, renda e desenvolvimento econômico.
A boa nova foi transmitida feito pelo prefeito Marcelo Oliveira em reunião com empresários do arranjo, que reúne condições para avançar para o mercado regional, nacional e internacional.
A CPL de Mauá, portanto, obteve seu reconhecimento oficial pelo Governo do Estado de São Paulo.
A conquista foi por meio de aprovação de critérios previstos em edital da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico.
A partir de agora, o CPL está classificado no estágio de “Em Desenvolvimento”.
O anúncio aconteceu na manhã desta quarta-feira (13.11), na Prefeitura de Mauá.
“É preciso estarmos organizados para poder trabalhar. É um ambiente em que todos ganham e que tem tudo para dar certo. O importante é aquecermos a economia da nossa cidade, gerar emprego e renda e proporcionar importantes oportunidades de negócios, na região, em âmbito nacional e até internacional”, analisou, em resumo, o prefeito.
Oportunidades
Tal reconhecimento abre oportunidades de negócios a partir de uma organização sistematizada do setor.
Também permite acesso a recursos financeiros concedidos pelo Estado e pela União.
A Agência de Desenvolvimento do Grande ABC é a gestora oficial da CDL de Cosméticos de Mauá.
Mas, são os representantes das empresas os responsáveis pelo desenvolvimento do projeto e ações previstas em planejamento estratégico elaborado em conjunto.
“O ABC é o 4º ou 5º mercado consumidor do Brasil. O CPL tem potencial enorme e é preciso explorar este ambiente colaborativo e juntos terão mais propriedade para abrir importantes portas num mercado que enfrenta uma nova política industrial ,que precisa conectar todos os setores da economia”, avaliou o presidente do conselho diretor da Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC, Aroaldo Oliveira da Silva. Para o secretário de Desenvolvimento Econômico de Mauá, Edilson de Paula, “a partir deste reconhecimento as dinâmicas serão outras. As empresas são fundamentais neste processo, tudo acontece se os empresários assim o quiserem.”
Mais presenças
Também estiveram presentes representantes de instituições que colaboraram para a estruturação, como a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, que convidou os empresários desde o primeiro momento da intenção de criar a CDL de Cosméticos, com o objetivo de fomentar a economia no município; o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), cujos técnicos estão desde o início prestando toda a consultoria ao CPL e às empresas; Serviço Nacional da Indústria (Senai), que dá suporte com a qualificação de mão de obra; e Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo (Fatec), responsável pela consultoria técnica e desenvolvimento de soluções tecnológicas para o fomentar o segmento; além da Agência de Desenvolvimento do Grande ABC e do Consórcio Intermunicipal Grande ABC. Também compareceram o diretor de Negócios da Câmara de Comércio e Indústria da China, Sérgio Araújo, e o representante do Sindicato dos Comerciários do ABC, Alcides Vinhas
Próximo passo
O próximo passo a partir deste reconhecimento é a CDL de Cosméticos estar organizada, com plano de trabalho e outros critérios.
Isso, para pleitear recursos junto aos próximos editais do Governo do Estado e outras fontes de investimentos.
Para o empresário João Pasquotto, da Lagune Cosmetics, do Jardim Capuava, “no começo foi um pouco difícil porque é um processo um pouco demorado”.
A explicação dá-se a respeito do processos de adesão das empresas e indústrias.
A Lagune participa frequentemente de feiras de beleza e, na mais recente, em setembro, abriu espaço em seu estande para que as demais participantes da CPL pudessem conhecer seu funcionamento.
A empresária Clarissa Ezaki de Siqueira aproveitou, da mesma forma, a oportunidade.
Para ela, a CPL de Cosméticos de Mauá abriu, em suma, novos horizontes.
“Podemos pensar em fazer compras coletivas, já que isso reduz o custeio, e também almejar o comércio exterior”, almeja Clarissa, da marca de esmaltes ‘Big Universo’.
O diretor de Desenvolvimento Econômico do Consórcio do Grande ABC, Joel Fonseca, também demonstra otimismo.
E considera, em conclusão, que “o desenvolvimento de uma cidade passa pela organização das cadeias produtivas e depende do suporte que o poder público oferece.”