Apoiador da candidatura do governador João Doria nas prévias do PSDB que elegerão o nome do partido para concorrer à Presidência da República em 2022, o prefeito Orlando Morando já está em Brasília neste sábado (20.11) para, como ele mesmo disse, ir atrás de mais votos entre os tucanos para o seu candidato.
Em conversa com um grupo de jornalistas na manhã desta quinta (18.11), Morando manifestou confiança na vitória de Doria e destacou que “o PSDB é o único partido que exerce sua democracia interna”.
Lembrou, acima de tudo, que “isso já ocorreu pela terceira vez”. E exemplificou: “Na penúltima eleição para a Prefeitura de São Paulo, quando o então empresário João Doria disputou e foi vencedor das prévias (no segundo turno e sem concorrentes, pois Andrea Matarazzo deixou o partido e Ricardo Trípoli abriu mão da disputa, em 20.03.2016) e no primeiro turno das eleições; na segunda, tivemos prévias também para o Governo de São Paulo”.
Nas prévias de 2018 foram quatro os nomes que disputaram internamente. As prévias aconteceram em 18 de março de 2018. Doria venceu com 11.993 votos, ficando em segundo o então secretário de Estado Floriano Pesaro (1.101 votos), em terceiro o cientista político Felipe D’Avila (993 votos) e em quarto o atual senador José Aníbal (901 votos).
O chefe do Executivo de São Bernardo ressaltou o fato de Doria ter ganho as prévias e o Governo do Estado em 2018.
Além disso, prosseguiu: “Agora, temos pela primeira vez as prévias para a escolha do candidato a presidente da República”.
Fez questão de assinalar que são “três bons nomes, o de Arthur Virgílio, ex-prefeito de Manaus, o Eduardo Leite, também governador, do Rio Grande do Sul, e o João Doria, governador de São Paulo”.
Morando afirmou que as prévias dar-se-ão em “um processo moderno, através de um cadastramento, a executiva definiu grupos, nós não entendemos esse caminho, mas no voto foi definido um grupo para governador, vice, deputados federais, senadores e ex-presidente de partido; no outro, deputados estaduais e vereadores, os primeiros têm 12,5% desse grupo e os vereadores outros 12,5%; outro grupo é de prefeitos e vice-prefeitos, aí é uma soma única é igual, e um outro grupo, que é o dos filiados.
Muito favorável
“Hoje o cenário do Estado de São Paulo é muito favorável ao governador João Doria. De todos os cadastrados no Brasil, no grupo de filiados nós cadastramos 62%. É óbvio que isso não quer dizer que todos os 62% irão votar no João Doria, mas você já tem de largada que mais da metade dos filiados que votarão no Brasil são de São Paulo. No grupo dos deputados estaduais, em São Paulo, os 9 estão com Doria. Se todos os vereadores do Estado votassem no outro candidato teria um empate. O que não é verdade. A maioria dos vereadores também está com Doria. “
No grupo dos prefeitos e vice-prefeitos, de todos os cadastrados do Brasil, 32% estão em São Paulo. Então, também é uma larga vantagem, diz Morando: “Aqui no Estado, apenas três prefeitos apoiam o Eduardo Leite. Todos os demais apoiam Doria.”
O prefeito disse mais: “Nos vereadores, temos 30% dos cadastrados do Brasil. O que demonstra claramente a vantagem.”
Líder regional, o chefe do Executivo de São Bernardo também ressaltou: “O favoritismo fica claro no ABCD. São Bernardo cadastrou 343 entre filiados e vereadores. Todos os outros municípios juntos (os outros seis), 345. Diadema por unanimidade está com Doria, São Caetano anunciou que apoia Doria, Ribeirão Pires tem divisão, e a parte liderada pelo ex-prefeito Kiko está com Doria, Rio Grande da Serra está com Doria e a maioria de Mauá, capitaneada pelo Marcio Canuto, também está com Doria.”
No ABCD existe um favoritismo, pelos números cadastrados, extremamente favorável a Doria. completou.
Segundo Morando, Doria também avançou muito nas bancadas federal e estadual.
São 72 deputados estaduais no País, e 46 estão com Doria.
Na bancada federal, de 33, mais de 17 (ainda tem parlamentares que estão para definir) estão contabilizados.
“Estaremos lá, eu e a Carla, o partido emitiu as nossas passagens”, disse.
Prefeitos, vices e deputados votam em Brasília.
“Estaremos lá acompanhando nosso governador, e muito confiantes de que o partido sai fortalecido, sai melhor, e exerce o seu papel na democracia interna”, acrescentou.
Sobre seu papel no apoio a Doria, Orlando Morando disse: “Sou conhecido do partido, dos que ocupam mandato, hoje, sou o que tenho mais tempo de filiação, tenho muitos amigos, tenho procurado falar, deputados estaduais, prefeitos, vereadores. Agora, é uma eleição, e diferente da eleição tradicional, onde a gente convence o eleitor, aqui a gente convence o amigo de partido. É o que eu tenho procurado fazer nos últimos meses, sempre no período da noite, nos finais de semana, acompanhando o governador em algumas viagens a outros Estados, e dei a contribuição que eu entendi estar ao meu alcance”.
Questionado sobre o movimento que defende seu nome para candidato a vice-governador na chapa com Rodrigo Garcia (vice atual e que deverá disputar o Governo do Estado em 2022), Orlando Morando: “Primeiro, não existe campanha para vice. Vice é convite do candidato. Não discutimos esse tema, até porque nós temos a prévia, e a prévia não pode antecipar a eleição de governador. Já está claro, o João Doria, ganhando, será o nosso candidato a presidente, e também já está definido que o Rodrigo Garcia será o candidato do PSDB ao Governo de São Paulo, até porque foram feitas as inscrições e ele foi o único inscrito. E depois, é fazer as alianças de partidos. Entendo que o Rodrigo Garcia terá um crescimento rápido, primeiro porque ele tem muito conhecimento do Governo de São Paulo, segundo, pela capacidade, terceiro pelo seu histórico de vida. Ele cumpriu uma trajetória importante. Foi deputado estadual, foi secretário, foi deputado federal, foi presidente da Assembleia, ocupou várias Secretarias, poucos agentes políticos têm a experiência de governo como tem o Rodrigo Garcia.”
Orlando Morando ainda disse: “E por último, dentro da composição de partidos, vem a escolha do candidato a vice, que pode vir de um outro partido, ou pode ser chapa pura. O PSDB já ganhou algumas eleições em São Paulo com chapa pura. O João Doria ganhou a Prefeitura com Bruno Covas, chapa pura. O Serra ganhou o Governo do Estado com chapa pura. Com o Goldman. Então, é uma definição a ser tratada pós-prévias, eu fico honrado em ter meu nome lembrado, mas é muito mais especulação. Da minha parte não há nenhum movimento. O que eu tenho me movimento, nos horários vagos, é pelas prévias, mas o meu maior movimento é cuidar da Prefeitura de São Bernardo. Essa história do pós-prévias é histórico falar que o partido sai dividido. Isso aconteceu na prévia para a prefeitura, para o governo, e o resultado foi a vitória. Eu não acredito na divisão. É possível a migração de alguns parlamentares federais, pela ausência de coligação. A gente não conhece a realidade da chapa do partido em Rondônia, Roraima, Acre…, mas não por dissidência do partido. A nova configuração da política não permite coligação. Ao mesmo tempo, nós podemos ganhar também, já estamos ganhando, já veio o Frota para o partido (Alexandre Frota), já veio a Joyce (Hasselman), vai haver uma acomodação, e eu tenho certeza de que o partido sairá unido e é muito provável que o João Doria faça um gesto ao Eduardo Leite de se manter unidos.”
Disse, em conclusão, que sente que o PL quer continuar no apoio a Rodrigo Garcia, em São Paulo.
