Obesidade infantil é tema de fórum com profissionais da saúde de Santo André

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Fotos: Helber Aggio/PMSA

Encontro debateu, em primeiro lugar, dados coletados durante a realização do Programa Saúde na Escola

A obesidade infantil é um problema de saúde pública e atinge centenas de crianças em Santo André e em todo o Brasil.

Dados colhidos pelo Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf) durante o Programa Saúde na Escola (PSE), com a participação de 4.954 estudantes, mostrou que 27% das crianças de 5 a 9 anos estão com obesidade ou sobrepeso em Santo André.

O número é menor do que os 31,7% registrados em todo o Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde.

As razões para a obesidade infantil são conhecidas da maior parte da população.

Passam pela alimentação inadequada, consumo excessivo de alimentos industrializados e a falta de atividades físicas.

Uma das metas do PSE é justamente identificar as crianças que estejam com obesidade ou sobrepeso.

Assim, equipes multidisciplinares do Nasf podem, portanto, atuar e oferecer recursos para que a família ajude a criança a controlar o seu peso.

Prevenção

“Controlar a obesidade infantil é fundamental para que a pessoa não desenvolva doenças crônicas ou evolua para casos mais graves. Nossa equipe está atenta e atuando na prevenção, oferecendo acompanhamento para as famílias por meio das unidades básicas de saúde e das equipes do Nasf. Esse é um problema que precisa ser resolvido de forma conjunta entre o poder público e a família da criança”, afirma, em resumo, o secretário de Saúde, Gilvan Junior.

Santo André disponibiliza diversas ações e programas com foco no controle da obesidade infantil, como o Fórum de Alimentação da Atenção Primária à Saúde (APS) realizado em agosto no auditório da Universidade Anhanguera, e que envolveu cerca de 200 profissionais que atuam na linha de frente do atendimento ao munícipe, como os Agentes Comunitários de Saúde (ACSs), dentistas, enfermeiros, médicos e as equipes multiprofissionais do Nasf.

Trabalho fundamental

“A Atenção Primária à Saúde tem um trabalho fundamental porque é a porta de entrada do munícipe na rede de saúde e também onde atuam os Agentes Comunitários de Saúde, profissionais que acompanham mais de perto as famílias. O Fórum de Alimentação é importante porque traz discussões sobre o tema e ressalta a importância de cada trabalhador no combate à obesidade infantil”, comenta a diretora do Departamento de Atenção à Saúde de Santo André, Luciane Suzano Pereira Cunha.

“A conscientização sobre a obesidade infantil, a troca de conhecimentos entre os profissionais da saúde e a busca por soluções têm sido uma estratégia fundamental para enfrentar esse desafio de saúde pública de forma mais eficaz”, pontua a endocrinologia Maria Carolina Pestana de Andrade do Nascimento, médica do Núcleo de Obesidade de Santo André.

Além do fórum, Santo André conta com diversos outros programas que proporcionam melhor alimentação para o público infantil.

Como o Saúde no Prato, lançado em março deste ano, que beneficia crianças com restrições alimentares matriculadas na rede municipal de ensino.

O objetivo do programa é prestar assistência nutricional, social e psicológica para a criança em seu domicílio, garantindo que ela receba em casa a mesma alimentação saudável oferecida nas unidades escolares, inclusive aos finais de semana.

A iniciativa inclui também, além disso, orientações para os pais ou responsáveis.

Jeito de Criança

Outra iniciativa neste sentido é uma parceria entre a Secretaria de Saúde de Santo André com o Centro Universitário Faculdade de Medicina do ABC.

Ela visa a capacitar profissionais da saúde na abordagem em relação à alimentação saudável e adequada das crianças.

Provoca a vigilância alimentar e nutricional, combate o sedentarismo, estimula o vínculo familiar e o resgate do brincar.

Chamado de Jeito de Criança, o projeto conta, em suma, com a participação da Escola da Saúde e apoio do Núcleo de Obesidade.

A cidade também oferece o programa Moeda Verde.

A ação mobiliza moradores de comunidades carentes a trocar itens recicláveis que iriam para o lixo comum por alimentos hortifrúti.

Ela estimula a reciclagem em regiões onde os moradores ainda não a incorporaram no seu dia a dia.

Com isso, a prática garante, em conclusão, maior segurança alimentar aos moradores das comunidades.

Isso com a oferta de uma alimentação saudável, muitas vezes com alimentos ausentes do seu cardápio, como o caso de frutas, legumes e verduras.

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