Joaquim Alessi
Quantas milhares de pessoas poderão dizer de um contato direto com o Rei Pelé?
Tive esse imensa honra e felicidade, em 1973, na condição de auxiliar de escritório da Tratores Fiat do Brasil.
Menino, aos 14 anos de idade, trabalhava no imponente Edifício Itália.
Em uma Fiat que, em primeiro lugar, ainda nem montava automóveis no Brasil. Só tratores.
Fui chamado pelo contador, Paulo Bassi, e pelo diretor italiano, do qual não recordo o nome, para recepcionar o Rei na entrada do prédio.
Ele chegou em uma Mercedes azul clarinha.
Desceu, e me impressionou um fato: era mais baixo que eu, que sou baixinho.
Mas, era o gigante tricampeão do mundo em 1970, que eu havia visto em uma Telestasi em preto e branco. Não havia transmissão em cores para o Brasil.
Já o havia visto de perto, outras vezes, jogando pelo Santos contra o Juventus na Rua Javari. Eu ficava grudado no alambrado, de onde era quase possível tocar os jogadores.
Mas, apertar a mão, ficar lado, subir no elevador os 45 andares que nos levavam à sede da Fiat, era, de verdade, estar nas alturas.
São-paulino e juventino (segunda pele), sofri muitas vezes com sua genialidade em campo.
Mas, também vi Roberto Dias em muitas oportunidades roubar a bola de seus pés mágicos e sair jogando com maestria.
Vi muito desse gênio da bola, sem dúvida nenhuma o maior de todos os tempos;
Por isso só tenho a agradecer.
O Rei está Morto. Viva o Rei! Obrigado Pelé!