O desafio da comunicação na vacinação dos jovens

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Caio Bruno*

Finalmente após longos 8 meses, a vacinação dos brasileiros contra a Covid-19 vai alcançando dados substanciais ao menos na primeira dose. No momento em que escrevo este artigo, dados do Ministério da Saúde apontam que 60% da população elegível para a vacina recebeu a primeira dose enquanto 28% estão com o esquema vacinal completo, ou seja, receberam as duas doses ou aplicação única no caso da Janssen.

Neste estágio, as cidades e estados estão vacinando na dose inicial os adolescentes e, aparentemente, sofrem dificuldades em convencer essa parcela da população a se imunizar. Na capital paulista, por exemplo, apenas 13% dos jovens haviam recebido o imunizante em uma semana de campanha. A prefeitura paulistana anunciou, inclusive, uma busca ativa em unidades de ensino municipais e instituições em busca desse público.

Eis a importância e o desafio para os profissionais de comunicação do setor público. Como convencer esses jovens de uma forma eficaz, direta e simpática de que é necessário tomar vacina para assim acabarmos logo com a pandemia?

Algumas prefeituras e governos estaduais recorrem às peças de propaganda com linguagem moderna, visual atraente e uso de expressões e de produtos pop dessa faixa etária para divulgar e incentivar que se vacinem. É um caminho? Sim. Mas há riscos.

Evidentemente que quem produz esse material são profissionais adultos, que já passaram da adolescência há certo tempo. Logo, existe uma diferença geracional, o que pode tornar o conteúdo e a forma do material caricato ou forçado, aí o efeito é contrário.

No cômputo geral, a maioria das artes, banners, campanhas e ações está acertando o tom, mas claro que a vacinação ou não depende também da estrutura familiar do jovem, de seu grau de esclarecimento e de suas influências.

Esse último ponto, o das influências, deveria ser mais explorado utilizando-se de youtubers, streaming de games e personalidades que fazem corações e mentes de milhares e milhões de adolescentes Brasil afora, mas que para nós, no alto de nossos 30,40 ou 50 anos são desconhecidos. Aí talvez esteja, utilizando uma expressão super cringe, o pulo do gato.

* Caio Bruno é jornalista e especialista em Marketing Político e Comunicação para o setor
público

Contato: caio.cbruno@gmail.com

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