Ao contrário da poesia de Mário de Andrade, São Caetano não deseja esquecer os nomes das ruas.Para quem não lembra, o modernista escreveu “Na rua Aurora eu Nasci:
“Na rua Aurora eu nasci
na aurora de minha vida
E numa aurora cresci.
no largo do Paiçandu
Sonhei, foi luta renhida,
Fiquei pobre e me vi nu.
nesta rua Lopes Chaves
Envelheço, e envergonhado
nem sei quem foi Lopes Chaves.
Mamãe! me dá essa lua,
Ser esquecido e ignorado
Como esses nomes da rua.”
Mas, a “Lira Sulsancaetanense é outra”.
Cada uma das centenas de ruas de São Caetano do Sul conta, acima de tudo, com uma história que originou o seu nome.
São, além disso, diversos tipos de homenagens.
Tem os nomes dos Estados que compõem o Brasil (Goiás, Maranhão, São Paulo, Alagoas, etc).
Além disso, os dos imigrantes italianos (Arthur Garbelotto, Giovani Thomé, etc).
Da mesma forma, figuras ilustres da sociedade local (José Paolone, Guido Aliberti, etc) e personalidades históricas (Presidente Kennedy, Tiradentes, etc),
Mas, há também nomes simples (Lourdes, Sílvia, etc) e até pedras e metais preciosos (Safira, Diamantes, etc).
Esse mosaico de informações, contextos e tributos é, em primeiro lugar, o tema de Pelas Ruas de São Caetano do Sul.
Trata-se da nova exposição virtual da Fundação Pró-Memória disponível no site da instituição (www.fpm.org.br).
Composta por fotos provenientes do Centro de Documentação Histórica, a mostra traz, em conclusão, um recorte de diversas ruas da cidade entre as décadas de 1940 e 1980 com textos informativos sobre a origem do nome e a história do local.