Moradora de São Caetano usa esporte na batalha contra o câncer

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Fotos: Alexandre Yort / PMSCS

Um grande exemplo de como o esporte pode ser usado como um instrumento de promoção de qualidade de vida, superando barreiras. É o caso da Suely Hanae Shibata Ishizaki, 55 anos, moradora do Bairro Olímpico há seis anos, que encontrou na prática do muay thai uma forma de enfrentar com mais leveza, disposição e alegria o tratamento contra o câncer.

Suely pertence a família de lutadores (os primos são judocas) e, de alguma forma, as artes marciais sempre fizeram parte de sua vida. “Logo que cheguei em São Caetano, vim com a ideia de procurar um local que eu pudesse fazer alguma luta, mas não sabia ao certo qual. Foi quando encontrei uma academia e me falaram para fazer uma aula com o professor Juba (Juscelino Rodrigues). Tive uma aula experimental e gostei muito do muay thai”, relembra.

Sua vida, no entanto, teria uma mudança radical e ao mesmo tempo repentina.

Em meados de 2020, em plena pandemia da covid-19, passou, portanto, a sentir-se mal. Mesmo indo ao médico, os sintomas se intensificaram.

Até que, em dezembro do mesmo ano, teve o diagnóstico de tumor neuroendócrino, um tipo raro de câncer que atingiu pâncreas, fígado e pulmões.

Nova luz

Por alguns momentos, de muitos dias que se seguiram, o mundo de Suely, portanto, pareceu estar fadado a ruir.

Mas, uma luz novamente surgiu. O muay thai do professor Juba passou a ser sua válvula de escape, no sentido de autoestima e perseverança na luta contra a doença.

“Não é pelo fato de estar doente que eu vou ficar triste, em casa. Quanto mais praticamos atividade física, a nossa vida fica melhor e, particularmente, eu evoluí física e mentalmente depois do diagnóstico, muito por conta do muay thai. Há dias em que eu não estou bem e venho ao CTE (Centro de Treinamento Esportivo Mario Chekin), treino e me sinto muito melhor”, garante, além disso, a lutadora.

Suely faz questão, acima de tudo, de deixar uma mensagem de agradecimento e, ao mesmo tempo, de estímulo.

“Em primeiro lugar tenho de agradecer por estar viva, e também ao meu treinador, meus colegas e minha família. Em segundo, gostaria de dizer a todos aqueles que, de alguma forma, passam por momentos difíceis na vida, que para tudo dá-se um jeito. Na minha opinião, o esporte é o melhor jeito de todos, porque aqui fiz amigos, me sinto mais viva do que nunca, e muito forte para enfrentar meus problemas”, diz, em conclusão.

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