Jiboias vítimas do tráfico são apreendidas e tratadas no Zoo de São Bernardo

In ABCD On
Imagens: Gabriel Inamine/PMSBC

Animais foram resgatados pela PM em aeroporto; cobras vieram de outro Estado e estavam armazenadas em recipientes de plástico

O Zoológico de São Bernardo, localizado nas dependências do Parque Municipal Estoril, no Riacho Grande, recebeu na sexta-feira (28.04), em primeiro lugar, 12 serpentes vítimas de tráfico e maus tratos.

Os animais foram resgatados, acima de tudo, pela Polícia Militar Ambiental no aeroporto de Congonhas, na Capital, e estavam armazenados em recipientes de plástico.

As cobras, a maioria delas filhotes e das espécies Boa constrictor e Epicrates cenchria (conhecida como jiboia arco-íris), foram, portanto, ilegalmente enviadas da Paraíba pelos Correios para serem comercializadas no mercado ilegal.

As serpentes, naturais da Amazônia, chegaram, em primeiro lugar, debilitadas e com sinais de desidratação.

Duas delas, porém, já chegaram sem vida.

Tratamento e alimentação

No Zoo de São Bernardo, que também funciona, além disso, como centro de tratamento e recuperação de animais da fauna silvestre vítimas de maus tratos, as serpentes estão recebendo tratamento e alimentação.

Veterinário do zoológico, Marcelo Gomes explicou que o retorno das serpentes à natureza é improvável, já que os animais estão em cativeiro já há algum tempo.

“São animais que possuem uma série de implicações para a conservação. Elas são tiradas da natureza e condenadas a viverem o resto da vida em cativeiro, já que o processo de reintrodução é bastante complicado”, explicou, em resumo.

Gomes citou, além disso, riscos às próprias serpentes e outros animais, como como transmissão de doenças.

“A prática do tráfico implica ainda no risco da transmissão de doenças para outros animais e para os próprios seres humanos. É uma prática ilegal, abominável e que a gente precisa combater. No fundo, o grande segredo do combate ao tráfico de animais é evitar que as pessoas comprem. Se não tem procura, não tem oferta. Temos que denunciar. Se alguém testemunhar a venda ilegal de animais, chame a polícia”, alertou, em conclusão, o especialista.

Legislação prevê prisão

A lei de crimes ambientais (Lei nº 9.605/98) prevê pena de prisão de seis meses a um ano para quem “matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente”.

No caso das serpentes recebidas pelo Zoo de São Bernardo, o rastreio de criminosos envolvidos no caso é um dos obstáculos da investigação.

Isso porque os dados utilizados, como nomes, endereços de remetente e destinatário, são falsos.

Nesse tipo de prática, o tráfico só é exitoso quando o receptador consegue retirar pessoalmente o pacote.

Denúncia

Casos de maus tratos e tráfico de animais podem e devem ser denunciados pelo telefone 153 da GCM Ambiental.

Ou ainda pelo (11) 4330-6007 da Delegacia de Investigação de Infrações e Crimes contra o Meio Ambiente (Dicma) e 190 da Polícia Militar.

Sobre o Zoo

O Zoológico de São Bernardo é responsável por resgatar, tratar e cuidar de animais silvestres acidentados, apreendidos por maus tratos ou por tráfico e, quando possível, devolvê-los à natureza.

Mais do que contemplar os bichinhos, visitar o Zoo de São Bernardo é conhecer a história de cada um. São 10 mil metros quadrados e mais de 38 viveiros.

O Zoo de São Bernardo fica, em conclusão, dentro do Parque Municipal Estoril (Rua Portugal, 1.100), no Riacho Grande.

Assista ao vídeo:

You may also read!

Rotary Club homenageia Movimento Autonomista

Tem se tornado uma feliz tradição o Jantar/Palestra que o Rotary Club de São Caetano do Sul realiza anualmente

Read More...

Presidida pela deputada estadual Carla Morando, CPI das Empresas de Telecomunicações tem trabalhos prorrogados por mais 60 dias

Em reunião presidida pela deputada estadual Carla Morando na quarta-feira (16.10) foi aprovada a prorrogação dos trabalhos. O prazo de

Read More...

As flores dos terraços

Por Guttemberg Guarabyra* Dizem que o calor prematu­ro trouxe a primavera an­tes do tempo. As orquídeas de­sabrocharam prematuramente. É a

Read More...

Leave a reply:

Your email address will not be published.

Mobile Sliding Menu