Jardim Santo André terá projeto para preservar meio ambiente e combater ocupação irregular

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Fotos: Helber Aggio/PMSA

Santo André foi um dos municípios selecionados, em primeiro lugar, para colocar iniciativa em prática em parceria com o Ministério das Cidades e agência de cooperação alemã

A Prefeitura de Santo André assinou nesta quinta-feira (1º) um termo de cooperação com o Ministério das Cidades e a agência GIZ (Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit), que integra a cooperação Brasil-Alemanha, para implementar o projeto ‘Uma Floresta Urbana para o Jardim Santo André’.

A ação visa a adequar o uso das áreas verdes do Jardim Santo André com foco na preservação ambiental e no desenvolvimento urbano integrado.

Impedindo assim o avanço de ocupações irregulares, essencialmente em áreas de risco.

A escolha do Jardim Santo André se deve pelo fato de o bairro estar em uma região com vasta densidade demográfica (35 mil moradores) e que comporta seis assentamentos: Lamartine, Dominicanos, Cruzado, Missionários, Campineiros e Toledanos.

O projeto pretende atender a população do bairro em três pilares essenciais, visando proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de uso e ocupação do solo, além de assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais.

Consciência

“O objetivo principal deste ambicioso projeto é proporcionar qualidade de vida das pessoas que moram ali. O maior ganho que esse conceito da floresta urbana trará será o envolvimento das pessoas, a consciência de que aquilo vai ser a engrenagem que vai manter o Jardim Santo André preservado. Vejo tudo isso como uma solução definitiva de um dos problemas urbanísticos históricos de nossa cidade”, destacou, em resumo, o prefeito Paulo Serra, que participou do evento de assinatura nesta quinta-feira.

Um dos motes será dar uso às áreas verdes, livres ou protegidas do bairro, como é o caso do Parque do Pedroso.

No processo chamado de ‘ocupar responsável’, três eixos serão respeitados: construções de habitações verticais e horizontais, mesclando as novas construções baseadas no aclive e declive do terreno; envolver o ecoturismo na região; e conceitos de agrofloresta (plantio sustentável de alimentos).

R$ 2,1 bilhões

O investimento a longo prazo para implementar a floresta urbana será de R$ 2,1 bilhões.

O valor inclui educação ambiental e mobilização social, recuperação ambiental, e implementação da agrofloresta e do turismo ecológico na região e no Parque do Pedroso.

Também estão previstos, da mesma forma, trabalho técnico e social, urbanização e regularização fundiária, produção habitacional e fiscalização da área.

Para que o projeto se concretize e se viabilize juridicamente será necessário, da mesma forma, criar na região uma Área de Proteção Ambiental (APA).

Com essa criação será montado um conselho presidido pelo órgão da administração pública municipal e seus representantes, além de integrantes da sociedade civil e população que residem no bairro, que vão gerir de maneira participativa decidindo sobre todos os pilares necessários para criar este ambiente de desenvolvimento sustentável.

O processo de implementação da APA no Jardim Santo André será fundamental, inclusive, para regulamentar uma faixa do Parque do Pedroso.

Vai ser importante para a proteção do parque, e para manter seu caráter de unidade de conservação de proteção integral.

Daniel Wagner, coordenador de projetos da GIZ, agência de cooperação Brasil-Alemanha, destacou, além disso, que a escolha de Santo André demonstra um projeto robusto e focado na questão.

“A GIZ e o Ministério das Cidades atuam nas melhorias dos municípios por todo o país. Santo André foi uma das seis cidades selecionadas por apresentar uma proposta que alia desenvolvimento urbano integrado e centrado no cidadão”, disse, em suma.

Santo André foi, em conclusão, uma das cidades escolhidas entre 170 projetos apresentados por todo o País.

 

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