O Ipem-SP (Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo), autarquia do Governo do Estado, vinculada à Secretaria da Justiça e Cidadania, que tem como objetivo promover a confiança nas relações de consumo, realizou no período de 14 a 17 de maio, a destruição de cerca de 20 toneladas de fios e cabos elétricos fora das especificações técnicas, que colocavam em risco a segurança da população.
A ação ocorreu numa empresa com equipamento adequado para destruição dos componentes, localizada em São José dos Campos, no Vale do Paraíba.
“Os fios e cabos elétricos estão entre os materiais mais importantes que formam a instalação elétrica de um imóvel. Risco da compra de um material inadequado pode levar ao superaquecimento da fiação elétrica e provocar incêndio”, explica o diretor do Departamento de Metrologia e Qualidade do Ipem-SP, Harisson Mattos Ferraz.
Os produtos, fora das especificações técnicas, com quantidade insuficiente de cobre ou com alumínio, encontrados ao longo de 5 anos, durante fiscalização no estado de São Paulo, foram apreendidos e destruídos após os trâmites dentro da legalidade, inclusive, ensaios em laboratório e apreensão definitiva. As empresas foram autuadas, conforme a lei federal 9.933/99.
Após a destruição completa dos fios e cabos elétricos, os resíduos foram destinados em empresa de reciclagem de materiais metálicos e o valor da sucata será destinado ao Fundo Social de São Paulo, que institui programas sociais que atendem pessoas em vulnerabilidade ou apoiam programas de organizações sociais e municípios.
Quando possuem quantidade menor cobre, seja por ter menos fios ou fios mais finos, os cabos tendem a ter uma resistência elétrica maior e menor condutividade. Com isso, o consumidor é conduzido ao engano, pois pode comprar um cabo de 4mm², utilizado para chuveiro, e receber de fato um cabo com bitola menor, gerando aquecimento na instalação.
Já os fios de alumínio cobreados, também chamados de alucobre, são proibidos para instalações elétricas residenciais. A troca do cobre pelo alumínio, metal mais barato, cobreado para enganar ao consumidor, ocasiona em um cabo com condução de corrente elétrica inferior, não atendendo a especificação de um cabo de cobre de mesma bitola.
Confira as dicas do Ipem-SP para compra segura de fios e cabos elétricos nas instalações elétricas residenciais:
– Observe se nas embalagens estão claramente informados o nome ou marca do fabricante ou importador, o país de origem, a tensão de isolamento (V), a norma técnica, o comprimento (m), o número de condutores e a seção nominal (bitola) em mm², o peso, o lote e a data de fabricação;
– A embalagem também deve apresentar a marca da conformidade, o símbolo do Organismo Certificador de Produtos e o número de registro no Inmetro que pode ser consultado na página https://registro.inmetro.gov.br/consulta/
– Para evitar cabos de alucobre, o consumidor pode observar o peso do rolo, sendo uma ideia de peso mínimo de acordo com cada seção nominal: 1,5mm² – 1,9kg, 2,5 mm² – 3,0kg, 4,0 mm² – 4,4kg, 6,0 mm² – 6,2kg e 10 mm² – 10,5kg;
– O consumidor também deve desconfiar de produtos oferecidos com um preço muito abaixo da média de mercado para o cabo consultado;
Além destas, as seguintes orientações, servem para a compra de todos os produtos:
– Comprar apenas em locais legalizados, nunca no comércio informal;
– Solicitar nota fiscal dos produtos adquiridos;
– Quando realizar compras no mercado virtual, primeiramente observe se o anúncio possui todas as informações claras do produto, o seu fabricante e modelo;
– Observar também em anúncios virtuais se as características técnicas estão bem descritas, seja quantidade, tamanho, tensão, cor, potência, volume, dimensões etc;
– Em caso de dúvidas sobre a procedência do produto, não compre.