Espaço cultural, que passa por revitalização, terá painel de 55 metros quadrados na composição da fachada
Artistas interessados em participar da convocatória que escolherá o graffiti que ilustrará a fachada do Teatro Conchita de Moraes têm até 23h59 desta quinta-feira (16.02).
O equipamento encontra-se em fase final de obras de revitalização e o projeto aprovado ocupará um painel de 55 metros quadrados.
Esta é mais uma iniciativa da Secretaria de Cultura da cidade e a íntegra está disponível em:
https://culturaz.santoandre.sp.gov.br/oportunidade/1663/
O período de execução da intervenção será a partir de 1º de abril, com conclusão até 6 de abril.
Denominada ‘Intervenção Graffiti no Teatro Conchita de Moraes’, é voltada a artistas que tenham interesse em embelezar o equipamento com obra inédita.
Ou seja, produzida exclusivamente para este projeto.
O tema é de livre criação, desde que respeite as orientações presentes na convocatória.
Diálogo com o cotidiano
“Nesse processo de revitalização, poder inserir nova informação, que vai trazer olhar renovado e, ao mesmo tempo, que vai dialogar com essa arquitetura que traz uma memória, é de fundamental importância. Quando a gente fala em patrimônio cultural, só tem sentido quando dialoga com o cotidiano das pessoas, quando faz sentido no seu entorno, na ocupação pela comunidade e, ao mesmo tempo, quando dialoga com sua própria história”, destaca, em resumo, o encarregado do Circuito Museológico de Santo André, Nilo Mattos de Almeida.
“Existe também outra dimensão que é pensar essa intervenção como arte urbana, pública, e de ressignificar a ocupação da cidade pela arte e pela cultura”, continua Nilo.
“Poder revitalizar um espaço como o Conchita de Moraes, numa área que não está centralizada, que conecta a cidade, é de uma importância e de uma celebração da vida, ainda mais depois de uma pandemia”, finaliza.
Histórico
Criado pelo Estado de São Paulo em 1959, o Conchita de Moraes foi inicialmente erguido para ser o auditório da escola estadual existente no mesmo quarteirão.
Em 1963, em convênio com a Prefeitura, o teatro acolhe o Festival de Teatro Amador de Santo André.
Em 1970 começa a ser administrado pelo município, que passa a utilizá-lo como um dos espaços teatrais da cidade.
O equipamento homenageia em seu nome María de la Concepción Álvarez Bernard (1885-1962), conhecida como Conchita de Moraes.
A atriz cubana radicada no Brasil era, por exemplo, mãe da também atriz Dulcina de Moraes.
Participou, em conclusão, de alguns filmes, como 24 Horas de Sonho, Pureza, O Bobo do Rei, O Grito da Mocidade, Bombonzinho, Bonequinha de Seda e Amor Perdição.