Equipamento da empresa alemã Brainlab facilita a colocação de parafusos, ajustando-os automaticamente na coluna vertebral
Gerenciado pela Fundação do ABC em parceria com o Governo do Estado de São Paulo, o Hospital Estadual Mário Covas, em Santo André, realizou em 4 de outubro, em primeiro lugar, cirurgia de coluna utilizando nova tecnologia de navegação intraoperatória, associada a um braço robótico, para implantação de parafusos na coluna vertebral.
Foi, acima de tudo, o segundo procedimento desse tipo no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o Brasil.
O primeiro ocorrera, por exemplo, no Hospital de Amor, em Barretos (SP).
O equipamento utilizado é o Cirq, fabricado pela alemã Brainlab, especializada em tecnologia médica.
Trata-se de um sistema modular projetado para auxiliar os cirurgiões com precisão durante as operações.
Durante os procedimentos de coluna, esse Módulo de Alinhamento Robótico facilita a colocação de parafusos.
Além disso, oferece alinhamento automático com trajetórias definidas antes ou durante a cirurgia.
“Esse sistema proporciona maior segurança no posicionamento dos implantes na coluna vertebral, baseando-se em imagens de tomografia pré-operatórias”, explica o ortopedista e cirurgião de coluna Dr. Rafael Carboni, que liderou o procedimento à frente do Grupo de Coluna do Hospital Estadual Mário Covas. “A navegação permite visualização tridimensional do posicionamento dos instrumentais e implantes, tudo em tempo real. Além disso, dispensa a exposição à radiação durante o ato cirúrgico”.
Braço robótico
Segundo o fabricante, o Cirq pode ser facilmente integrado aos fluxos de trabalho minimamente invasivos e abertos dos cirurgiões de coluna, proporcionando fácil integração com soluções de planejamento, aquisição de imagens e navegação da Brainlab.
Além disso, sua compatibilidade independente de fornecedor e permite o uso com diversos conjuntos de implantes.
A precisão e a exatidão são essenciais durante as cirurgias de coluna.
Ainda de acordo com a empresa, com o novo módulo, os cirurgiões podem confiar no alinhamento automático dos instrumentos, mantendo o controle do fluxo de trabalho e a reação à flexibilidade da coluna.
O sistema robótico leve foi projetado para economizar espaço na sala cirúrgica.
Sua modularidade, flexibilidade e componentes reutilizáveis permitem uma alta utilização, com benefícios diretos aos usuários.