Google proíbe impulsionamento político. Qual o impacto?

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Caio Bruno

Caio Bruno*

Desde o último dia 1º está em vigor a proibição do impulsionamento de conteúdo político no Google. A medida, anunciada há algumas semanas, abrange todas as plataformas da empresa como o Google Ads e o Youtube.

Ainda de acordo com a big tech a medida se fez necessária diante da impossibilidade de atender os requisitos legais definidos pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para as eleições de 2024, como por exemplo, a criação de um repositório de anúncios e de seus dados em tempo real.  Tecnologia para cumprir a exigência da Corte Eleitoral, o Google tem. A questão é que o custo é muito alto e não compensaria o ganho com a publicidade.

Como a decisão de uma das maiores organizações do mundo impacta para os candidatos do pleito de outubro? De algumas formas, mas nada irreversível. A princípio os principais prejudicados seriam os candidatos que possuem já em seus orçamentos uma dotação voltada para a internet.

Um aspirante a prefeito ou vereador, por exemplo, que queira ranquear bem o seu site ou perfil em redes sociais, por exemplo, para o mecanismo de busca do Google trazê-lo nos primeiros lugares quando seu nome, de sua cidade ou algum termo específico é pesquisado, não conseguirá mais. Da mesma forma, os anúncios no Youtube antes ou durante algum vídeo também não serão mais possíveis de serem feitos.

Em cidades grandes e médias que contam com emissoras de rádio e TV esse problema é atenuado com a exibição do Horário Eleitoral Gratuito, já nas localidades sem essas mídias, o único jeito é realocar a verba para outras plataformas de alcance como a Meta (Facebook e Instagram) e TikTok.

A decisão da gigante americana vai pesar mais sobre os candidatos desconhecidos e com poucos recursos para campanha, já que o investimento em publicidade digital tem uma boa relação custo/benefício. O que significa mais investimento em peças tradicionais de campanha além de manter a presença online nas outras plataformas.

É importante destacar que mesmo com a publicidade político-eleitoral permitida em outras empresas como as citadas um pouco acima, a big tech por meio de seu motor de busca continua desempenhando papel crucial para a divulgação dos perfis e conteúdo nas redes sociais. Exemplo: uma pessoa que tem o costume de usar a ferramenta de pesquisa cotidianamente e se interessar em conhecer as mídias de determinado candidato pode buscar no site o endereço e talvez ter dificuldades, já que pode não estar em um bom posicionamento ou ser confundido com homônimos.

Em âmbito geral, seja em cidades grandes ou pequenas e entre candidatos famosos e desconhecidos, a deliberação do Google vai obrigar as campanhas a serem mais criativas para despertar a atenção digital do eleitor. Portanto, mãos à obra!

Caio Bruno é jornalista e especialista em Marketing Político.

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