Jogador mostra humildade e se pronuncia pela primeira vez sobre caso
O clima não está dos melhores , em primeiro lugar, entre o atacante chileno Eduardo Vargas e a torcida do Atlético-MG.
O jogador foi expulso na partida decisiva contra o Palmeiras na Libertadores, que inclusive acabou com a eliminação do Galo.
Também por esse episódio, o jogador ficou de fora dos relacionados para a partida seguinte do clube, contra o Coritiba, pelo Brasileirão.
Após esses acontecimentos, por reconhecer os erros, o atleta relatou que dividiu a situação com seu procurador Leandro Albino que de prontidão contratou uma equipe de acompanhamento que conta com especialista em alta performance mental para que ele consiga controlar as suas emoções e ajustar o que for necessário para que isso nunca mais aconteça. Esse staff conta até com um Pós PhD em Neurociência.
Vargas declarou estar arrependido do seu agir e de como tudo aconteceu. Além disso, para ele, reconhecer que não está bem é o primeiro passo.
“Tenho ciência dos meus erros”
“Eu quero e preciso fazer as pazes com a torcida atleticana. Passei pela punição imposta pela diretoria e tenho ciência dos meus erros. Mas agora é trabalhar e buscar me preparar não só fisicamente, mas mentalmente para poder agir da forma mais correta em qualquer situação”, declarou.
Vargas chegou a relatar que vem sofrendo muito com toda essa situação, mas que vinha evitando falar sobre a questão. “Não tá sendo fácil. Estou pagando por todos os erros. Por mais que não pareça, estou sofrendo”, comentou.
Um dos especialistas que vai acompanhar Vargas é Lincoln Nunes. Atualmente, o preparador compõe o staff de acompanhamento comportamental e mental de diversos atletas da elite do futebol mundial, a exemplo do brasileiro Emerson Royal, do Tottenham e outros da seleção brasileira.
O neurocientista é o Prof. Dr. Fabiano de Abreu Agrela, que falou, acima de tudo, sobre os possíveis impactos de momentos assim na mente do atleta.
“O tamanho do impacto emocional do jogador pode variar de condições genéticas a história de vida. Nós analisamos essas variáveis para entender a sua história de vida e, se necessário, pedir exames, entre eles o genético e neuroimagem. Esses exames nos ajudam a entender o cérebro do atleta e nos mostram onde podemos trabalhar junto à equipe que conta com profissionais de todas as áreas necessárias. O estado mental do atleta tem relação com a produção de neurotransmissores e esses com o controle do pensamento mediante ao passado, à precursores genéticos, assim como A alimentação e outros fatores. É notório também que a condição mental interfere não apenas na condição física, como também na criatividade, tomada de decisão, foco atencional e memória que são os meios vinculados à habilidade”, disse, em conclusão.