*Fabiana Quiroga, diretora de Economia Circular da Braskem na América do Sul
A referência à economia circular é cada vez mais comum quando o assunto é meio ambiente e a busca por soluções mais sustentáveis. As pessoas a conectam com reciclagem de resíduos e retorno à produção, mas a economia circular é mais ampla. Inclui a priorização da utilização de energia e matéria-prima renovável, reuso, consumo consciente e produção com menos geração de resíduos e emissões.
Nesse contexto, o design do produto é bastante relevante. A sua concepção deve considerar o menor impacto e como facilitar o seu retorno ao ciclo. Na Braskem, as iniciativas relacionadas à economia circular estão alinhadas ao seu compromisso de produzir 300 mil toneladas de produtos com conteúdo reciclado até 2025, 1 milhão de toneladas até 2030 e recuperar 1,5 milhão de resíduos plásticos até o mesmo ano.
Neste mês, foi inaugurado o Cazoolo, primeiro Centro de Desenvolvimento de Embalagens para Economia Circular, um investimento de R$ 20 milhões. Para aumentar a reciclagem mecânica, a Braskem desembolsou R$ 121 milhões para comprar 61,1% da recicladora Wise Plásticos. Em março, lançou a primeira planta de reciclagem em parceria com a Valoren, com um investimento de R$ 67 milhões. Para os resíduos com maior dificuldade de reciclar, desenvolvemos a reciclagem avançada, processo que transforma os resíduos plásticos em matéria-prima circular.
São iniciativas que contribuem para a entrega de um futuro mais sustentável e cada um de nós tem o seu papel, começando com o consumo consciente e o descarte adequado. Empresas, instituições e o poder público devem trabalhar juntos para ampliar a coleta, separação e incentivar a inclusão das cooperativas e investimentos em gestão de resíduos e reciclagem.
O conceito de economia circular é uma jornada que está iniciando e é importante concretizar esse caminho com o engajamento de todos.