Secretaria de Educação desenvolve sensibilização junto às famílias e sociedade para valorização da escola, com protocolo para intensificar buscas ativas e acompanhamento dos núcleos familiares
“Lugar de estudante é na escola”. Com esse mote, a Secretaria de Educação de Diadema pretende iniciar o ano letivo de 2023, em 3 de fevereiro, reforçando junto às famílias, em primeiro lugar, a importância de não deixar que as crianças faltem às aulas.
Além de prejudicar de forma importante o trabalho pedagógico desenvolvido na escola, as faltas contribuem para problemas de convivência, de socialização, de vínculo com a unidade escolar e com a equipe, e algumas vezes, até mascaram situações de violência.
“A pandemia criou uma distância muito ruim entre as famílias e as escolas. Especialmente para as crianças menores, últimas a ser vacinadas”, explica, em resumo, a secretária de Educação de Diadema, Ana Lucia Sanchez.
“Durante todo o ano de 2022 nós atuamos de forma a sensibilizar as famílias sobre a importância da presença dos estudantes nas escolas e esse ano a gente já vai começar com essa tarefa, de reduzir ao máximo o número de faltas”, completou, da mesma forma.
Violência doméstica aumenta
Os dados levantados pelo Núcleo Social da Secretaria de Educação mostram também o aumento das situações de violência doméstica.
Isso envolvendo os estudantes, e enfrentado pela Secretaria de Educação em articulação com outros setores.
Entre eles o CRAS (Centros de Referência em Assistência Social), CREAS (Centros de Referência Especializado em Assistência Social) e Caps Infantil (Centro de Atenção Psicossocial).
Em 2020, por exemplo, foram 33 casos; em 2021, 120, e em 2022, 303 acompanhamentos, dos quais 59 por situações de violência.
“Houve aumento tanto dos casos de violência no contexto familiar, crianças que foram vítimas dos seus cuidadores, quanto de conflitos entre familiares de estudantes por conta de algum desentendimento em sala de aula”, detalhou a assistente social e coordenadora do Núcleo Social da Secretaria de Educação, Deusolita Silva.
“Em alguns casos, a escola é o lugar onde a pessoa sente confiança de pedir ajuda. Então nós atuamos de maneira conjunta com toda a rede de serviços da Prefeitura”, completou.
O aperfeiçoamento do protocolo de acompanhamento da baixa frequência envolve instruções para professores e equipe de direção sobre a conduta em caso de faltas reiteradas.
Mas, também haverá, além disso, reforço nas buscas ativas, com visitas domiciliares às famílias dos estudantes faltosos.
“Vamos começar fazendo reunião com os pais e responsáveis nos primeiros dias de aula, em fevereiro. Também vamos instalar outdoors pela cidade e distribuir panfletos nos terminais de ônibus e equipamentos como CRAS e CREAS”, completou, em conclusão, Deusolita.