Na noite desta quarta-feira (26.11) a ETEC Lauro Gomes entrou em greve no período noturno.
A paralisação faz parte, em primeiro lugar, de uma jornada nacional de luta nas escolas técnicas.
Foi convocada pela Federação Nacional de Estudantes de Ensino Técnico (FENET).
O movimento reivindica, acima de tudo, melhores condições de alimentação e infraestrutura nas escolas.
A greve, além disso, foi aprovada nesta semana com 85% dos estudantes de acordo com a paralisação.
Nesta quarta (26.11), portanto, milhares de estudantes dos Institutos Federais (IF), do CEFET, e de diversas Escolas Técnicas por todo País, decretaram Greve Nacional em diversos campi no Brasil.
O foco principal é exigir a construção de restaurantes estudantis (bandejão) nos campi, e a melhora da qualidade e diminuição do preço nos institutos.
Marmiteiro noturno
Na Lauro Gomes, a maior ETEC do Estado de São Paulo, as reivindicações são, da mesma forma, pelo marmiteiro no noturno.
Além disso, reformas estruturais na escola e pela contratação de mais professores.
A escola vem passando por diversos problemas nos últimos anos, desde as denúncias de assédio contra professores até um incidente recente, no qual dois dos cinco blocos do complexo pegaram fogo, um dos blocos com os alunos ainda em aula.
Outra questão é a falta de oferta de uma alimentação de qualidade no noturno, já que nesse período só é ofertada merenda seca.
Um estudante do noturno relatou durante a paralisação desta quarta: “Os estudantes que são trabalhadores não têm direito de sequer esquentar sua marmita no marmiteiro que existe já dentro do refeitório; basta ligar na tomada e permitir que os estudantes possam se alimentar para poder estudar com qualidade!”.
Há três anos o movimento Voz Ativa, construído pelos estudantes da ETEC Lauro Gomes, tem protagonizado as reivindicações por uma escola mais democrática e representativa, lutando por uma alimentação digna para os estudantes, por mais infraestrutura — inclusive conquistando a reforma dos blocos 2 e 3 — e pelo fim do assédio na escola.
O movimento construiu a greve ao lado de outros estudantes da Escola, com um calendário prévio à greve e diversas mobilizações no último
período.
As paralisações em todo o País representam, em suma, a situação pela qual passam os estudantes das escolas e institutos técnicos.
E isso vem se agravando, em conclusão, nos últimos anos, com a falta de investimentos e com a precarização do ensino no País.
