Espaço no Parque Estoril, no Riacho Grande, já acolheu, acima de tudo, mais de 130 animais para reabilitação em 2023
“Mamãe, ele é lindo”.
A expressão e o olhar do Eduardo, de seis anos, um pequeno visitante do Zoológico de São Bernardo (R. Portugal, 1100 – Estoril), diante de dois bugios – espécie de macaco – reflete, em primeiro lugar, como os animais são fascinantes para as crianças.
Os olhos atentos do pequeno e de outras crianças no entorno da gaiola estão voltados, em suma, para Gil e João.
Por trás das estripulias que os dois fazem, brincando e pulando de galho em galho, há, além disso, uma história em comum.
Gil, por exemplo, tem pouco mais de seis meses e chegou ao zoo de São Bernardo após ter sido encontrado apanhando do bando em que convivia.
“Ele tinha um quadro muito sério de desidratação, muitos ferimentos de mordida. Passou por cuidados intensos e hoje está muito saudável”, contou a bióloga do zoológico, Jeniffer Novaes.
O outro bugio, João, que chegou ao espaço em novembro de 2022, tem menos de um ano e foi resgatado após ser eletrocutado com sua mãe.
Ele sofreu uma queda após o choque e acabou ficando sem um dos braços.
Cuidados de veterinários
Os dois seguem sob os cuidados da equipe de veterinários do parque e passam pelo processo de socialização.
“Os animais que vão nos dizer quando estão prontos para morar juntos. Com o Gil nos preocupamos justamente no acesso à comida, já que ele mais brinca do que come. Neste momento também há a questão do frio, ainda mais para um bicho que ainda está numa gaiola sob mantinhas. Melhorando o clima, ele já ficará fora. Definimos sempre em conjunto com os veterinários”, analisou, em resumo, Jeniffer.
Recuperação e novo nome
Com aproximadamente três meses, outra nova moradora do zoo é, acima de tudo, uma coruja do tipo orelhuda.
Ela chegou à unidade de conservação, portanto, após ter encontrada com o fêmur fraturado. Ela passou por cirurgia e está se recuperando bem.
Barbie não é só no cinema
No sábado (22.07), uma filhote de macaco-prego de 4 a 6 meses de idade foi abandonada nas proximidades do Parque Estoril.
Logo recebeu o nome de Barbie, porque dentro da gaiola havia manta, bichinho de pelúcia e casinha, todos cor-de-rosa.
Furão
Um pequeno furão chegou também na última semana para cuidados no zoo de São Bernardo.
Com ferimento na cabeça, o mamífero segue em recuperação na unidade de conservação. Dócil e agitado, ele deverá receber um nome bem peculiar.
“Do jeito que ele não para, deverá receber um nome de algum furacão”, divertiu-se Jeniffer.
Preservação da fauna
O Zoológico Municipal é a única instituição voltada ao cuidado do animal silvestre na região.
Trata-se de um dos principais instrumentos da administração para a preservação e cuidado com a fauna e a flora do município.
O espaço conta atualmente com 32 recintos de exposição e abriga 250 animais de 70 diferentes espécies, em viveiros adaptados para atender as necessidades de cada um.
Em 2023, cerca de 138 animais já foram acolhidos no local. Em 2022, 360 animais foram recebidos na unidade.
Antes, em 2019 foi, da mesma forma, o maior pico registrado de animais que chegaram ao espaço: 746.
“Nem todos os animais ficam por aqui. Alguns acabam indo a óbito por alguma questão e outros conseguem retornar para a natureza após tratamento. Os animais que ficam com alguma limitação permanecem no zoo”, disse a profissional.
Parque Estoril
Em 2013, o espaço recebeu, além disso, o nome de Parque Natural Municipal Estoril.
Foi quando, por exemplo, tornou-se a primeira Unidade de Conservação de São Bernardo para garantir a preservação da Mata Atlântica, da fauna e da represa Billings.
O Parque fica, em conclusão, na Rua Portugal, 1100 – Estoril, São Bernardo.
Ingresso:
- Entrada: R$ 5 (Pagamento apenas em dinheiro)
- Crianças até 7 anos e pessoas acima de 65 anos não pagam
- Entrada gratuita para morador com carteirinha do parque, que pode ser feita na administração do local (documento com foto, uma foto 3×4 e comprovante de residência).