Autarquia de Santo André reforçou, acima de tudo, serviços de combate a crimes ambientais e projetos de educação ambiental
Joaquim Alessi
Há 55 anos, em 13 de novembro de 1969, o município de Santo André registrava importante avanço para fortalecer e instrumentalizar o serviço de saneamento.
No lugar do DAE (Departamento de Água e Esgoto), órgão da administração direta, nascia, no primeiro governo do saudoso triprefeito Dr. Newton da Costa Brandão, o Semasa, denominado desde 1998 como Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André.
Ao longo dessas décadas, a autarquia passou por algumas reestruturações, ganhando novos serviços, a exemplo da gestão de resíduos sólidos e ambiental.
Posteriormente, deixou de gerenciar atribuições relacionadas à gestão de água, esgoto, drenagem e riscos ambientais, promovida pela Defesa Civil.
Nesta década atual, o Semasa, detentor da Política Municipal de Gestão e Saneamento Ambiental de Santo André (Lei 7.733/1998) e responsável por manter o meio ambiente equilibrado, busca oferecer diretrizes ao poder público e à coletividade para a defesa, conservação e recuperação da qualidade e salubridade ambiental, com vistas ao desenvolvimento sustentável e, assim, a autarquia torna-se protagonista para enfrentar o maior desafio deste século: as mudanças climáticas.
Legado importante
“É a nossa política que propõe, orienta, executa e coordena, direta ou indiretamente, a política ambiental de Santo André. Por isso, deixamos um legado muito importante para a cidade de como tratar e atuar frente às questões relacionadas ao meio ambiente”, explica, em resumo, o superintendente do Semasa, Ajan Marques de Oliveira, que sempre esteve ao lado do Dr. Brandão na história andreense.
Todos os serviços executados pela autarquia são fundamentais para o bem-estar individual, coletivo e ambiental.
No Departamento de Gestão Ambiental, o Semasa realiza eventos, cursos, palestras, programas e projetos de educação ambiental.
Sempre sensibilizando a população e transformando a sua relação com o meio ambiental.
Além disso, o setor é responsável por fiscalizar e combater a poluição do ar, do solo e da água e outros tipos de crimes ambientais.
Entre eles, o descarte ilegal de resíduos, movimentação irregular de terra, supressão de vegetação, poluição sonora e queima a céu aberto.
Sem contar a pesca com tarrafa em área de manancial, esgoto a céu aberto e vazamento de produtos químicos.
Licenciamento ambiental
O Semasa também realiza o licenciamento ambiental, procedimento que a autarquia aprova a construção, instalação e operação de empreendimentos potencialmente impactantes ao meio ambiente, além de outras atividades como análises ambientais para implantação de obras viárias , movimentação de terra, supressão de vegetação e intervenção em área de proteção permanente.
O órgão avalia os impactos dessas ações, determinando medidas de controle, mitigação e compensação ambiental.
Outra importante atuação do Semasa é na gestão de resíduos sólidos.
Nessa área estão os serviços de coleta porta a porta, limpeza de vias, reposição e manutenção de lixeiras.
Além do gerenciamento do Aterro Sanitário Municipal e operação das Estações de Coleta (ecopontos).
Da mesma forma, desenvolve e coordena as políticas públicas relacionadas à reciclagem, compostagem e reaproveitamento de materiais.
“A educação ambiental, o descarte correto de resíduos e a ampliação da reciclagem são fatores que contribuem para minimizar a emissão de gases de efeito estufa na atmosfera, como metano e dióxido de carbono, ajudando a combater as mudanças climáticas”, explica, da mesma forma, o superintendente-adjunto do Semasa, Edinilson Ferreira dos Santos.
Para sensibilizar os munícipes sobre a importância da adesão a hábitos sustentáveis e dos impactos que a crise climática traz tanto para o meio ambiente quanto para a saúde, a autarquia vem fortalecendo as ações educativas e de fiscalização.
Além disso, manttém projetos e programas socioambientais e atividades com outros atores importantes.
São eles os catadores autônomos de materiais recicláveis e os agricultores urbanos.
Todos que podem, em conclusão, contribuir para a redução da emissão de carbono por meio do plantio, do manejo do solo e da compostagem.