Joaquim Alessi
Os números do Datafolha deste 15 de setembro deixaram inseguros apoiadores dos candidatos Tarcísio de Freitas (Republicanos), ao governo de SP, e Jair Bolsonaro (PL), à reeleição presidencial.
E o que abala as coordenações de Tarcísio e Bolsonaro?
É mais que o fato de o governador Rodrigo Garcia (PSDB) ter subido 4 pontos porcentuais e empatar tecnicamente com o bolsonarista.
Rodrigo surge, além disso, como o candidato mais capaz de bater Fernando Haddad (PT) em um provável segundo turno.
Numa eleição em que prevalece o “nós contra eles”, parte considerável do eleitorado paulista que não suporta os petistas tende a apoiar quem seja mais propenso a derrotá-los.
E, portanto, as simulações do segundo turno apontam Rodrigo com 53% contra 36% de Haddad, enquanto Tarcísio teria dificuldades para vencer por 47% a 41%.
Para os articuladores de Bolsonaro, o drama é outro. Sem Tarcísio no segundo turno, o presidente perderia palanque em São Paulo.
E o colégio eleitoral paulista é, acima de tudo, crucial para o sucesso no embate direto com Lula.
Tudo isso, em conclusão, mostra o paradoxo da campanha.
Quem sempre usou o tema “segurança” e armou a “bancada da bala”, hoje se abale e fica inseguro com o tamanho de Rodrigo Garcia.