Contribuição negocial é o mote na celebração dos 90 anos do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá

In ABCD, Canto do Joca, Sindical On
Mesa com maioria são-paulina no Sindicato dos Metalúrgicos

Joaquim Alessi

Grande festa marcou no início da tarde deste sábado (23.09) a celebração pelos 90 anos do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá.

Com o histórico salão da entidade completamente lotado, líderes dos trabalhadores de diversas cidades do ABCD e de outras cidades do Estado manifestaram-se.

Claro que os pronunciamentos mais aguardados eram os do sempre presidente do Sindicato, Cícero Firmino da Silva, o Martinha, e do atual comandante, Adilson Torres dos Santos, o Sapão.

E suas falas, acima de tudo, emcionaram a todos durante a comemoração.

Mas, quem deu o tom com seu discurso, foi Luiz Carlos da Silva, o Professor Luizinho, representando no ato o ministro do Trabalho, Luiz Marinho.

Luizinho, ex-vereador, ex-deputado estadual e federal, ressaltou, em suma, a necessidade de explicar a Contribuição Negocial.

“Não é o retorno do Imposto Sindical, mas sim da possibilidade de uma contribuição negocial”, enfatizou, da mesma forma.

Outros dirigentes sindicais presentes ao ato seguiram no mesmo tom, ao lembrar a importância dos sindicatos e a necessidade de eles serem financiados.

Queda de 98% na arrecadação

Levantamento recente do Ministério do Trabalho e Emprego mostra que a  contribuição sindical às entidades patronais e de trabalhadores despencou 98% nos últimos 5 anos.

Em 2017, quando entrou em vigor, por exemplo, a reforma trabalhista, os sindicatos, as confederações, as federações e as centrais sindicais arrecadaram R$ 3,045 bilhões.

O valor caiu para R$ 58,1 milhões em 2022.

A reforma trabalhista acabou com a obrigatoriedade do imposto sindical, que era pago pelos trabalhadores e empregadores para financiar as atividades sindicais.

Interessante notar que as perdas maiores, muito maiores, ficaram para as entidades dos trabalhadoores.

Os sindicatos patronais pederam também, mas nem tanto, em comparação com os de empregados.

Os patronais, por exemplo, que representam infinitamente menos gente, arrecadaram R$ 27,3 milhões até julho deste ano.

Já os representantes dos trabalhador, com um número extremamente maior de pessoas a atender, somaram apenas R$ 11,9 milhões.

Para resumir, os patrões ostentam condições muito mais favoráveis na relação capital X trabalho.

Todas as cidades do ABCD

A presença dos três presidentes de sindicatos da região representou a presença de líderes de todos os metalúrgicos das sete cidades do ABCD.

Sapão, por Santo André e Mauá; Moisés Selerges, de São Bernardo, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, e Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, de São Caetano.

Em um gesto de profundo significado, Selerges, também conhecido como Kojak, enfatizou que as entidades são “irmãs”.

Assim, entregou um troféu em vidro para homenagear “os irmãos” de Santo André e Mauá.

Além disso (e não podia faltar), uma garrafa de boa cachaça, que sempre caracterizou o paladar dos trabalhadores.

 

 

 

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