- Por Carolina Peres
Trata-se de uma estratégia que demanda baixos investimentos e podem garantir ótimos retornos
Em linhas gerais, o marketing surgiu pela necessidade das empresas de entender e conhecer o mercado e o perfil de seus consumidores. Desde de que o marketing é visto como uma atividade organizacional, não parou de evoluir.
Na maioria das vezes, essa evolução foi motivada por mudanças ambientais, como aumento populacional, divisão do trabalho, novos meios de comunicação e produção em massa.
Segundo Philip Kotler, professor universitário americano, que é tido como o “Pai do Marketing”, a evolução é dividida em quatro estágios.
A evolução do marketing em quatro etapas
Marketing 1.0
A primeira delas é o Marketing 1.0, também conhecido como Marketing orientado ao produto. Ele surgiu entre o fim do século XIX e começo do XX, com o objetivo de reduzir os desperdícios e, consequentemente, aumentar a produção.
Para vender, os marketeiros acreditavam que bastava comunicar ao povo a existência do produto. O foco era produzir em massa e economizar o máximo de recursos.
Naquela época, o foco do marketing eram os produtos, que começaram a ser padronizados e produzidos em larga escala. Um bom exemplo foi Henry Ford, que produzia automóveis em série utilizando apenas a cor preta. Ou seja, as preferências dos clientes ficavam em segundo plano.
No fim da era do Marketing 1.0, o conceito foi ampliado graças a Jerome McCarthy, o criador dos “quatro Ps”: Produto, Preço, Praça e Promoção.
Marketing 2.0
O segundo estágio começou a valorizar o cliente, por isso é conhecido como Marketing voltado ao consumidor. O foco das estratégias mudou, passando do produto para os consumidores. Assim, os clientes ficaram mais opções na hora de escolher os produtos e serviços.
Em paralelo, os 4 Ps ganharam força depois de serem adicionados ao livro “Administração de Marketing – Análise, Planejamento e Controle”, escrito por Philip Kotler e considerado como a bíblia do Marketing. Para Kotler, o conceito de McCarthy deveria ser aplicado com o intuito de conquistar e fidelizar o consumidor. Vale lembrar que a máxima “cliente sempre tem razão” foi criada na mesma época.
A partir daí, o Marketing passou a considerar uma série de aspectos, partindo da parte gerencial e logística até a Psicologia, para compreender os desejos e o comportamentos dos consumidores.
Marketing 3.0
O protagonismo dos clientes chegou a outro patamar com a virada do século XX para o XXI. Nesse período, os consumidores não apenas consideravam a qualidade dos produtos e serviços, como também os valores da empresa, incluindo a atuação social e gestão ambiental, por exemplo.
Para acompanhar as mudanças comportamentais, o marketing evolui mais uma vez, passando a enfatizar o lado humano e as experiências proporcionadas. Simultaneamente, a internet ganha cada vez mais espaço, garantindo maior interatividade e a possibilidade de gestão de relações com a clientela em larga escala.
Marketing 4.0
Com o “boom” da internet e a popularização das redes sociais, a forma com que as pessoas se relacionam entre si e com as marcas mudou consideravelmente. Por isso, o Marketing 4.0 também é chamado de Marketing Digital.
Em virtude da enorme quantidade de informações e dados armazenados nas redes sociais, o Marketing conseguiu ótimas ferramentas para conquistar novos clientes ou fidelizar os já existentes. Afinal, o Big Data oferece grande precisão no mapeamento de hábitos, valores e preferências de um público-alvo em específico.
Assim, as empresas conseguem se antecipar e criar ofertas personalizadas, de acordo com as preferências do cliente.
Marketing de afiliados
E o marketing de afiliados só existe por causa dos meios digitais. O conceito facilita que criadores de infoprodutos, como e-books e cursos online, vendam seus serviços e produtos.
Conforme a definição utilizada por Pat Flynn em Renda Passiva Inteligente, o marketing de afiliados, também conhecido como programa de afiliados, se caracteriza pelo ganho de comissão através da promoção de produtos de outras empresas ou pessoas.
Para ilustrar melhor, o conceito envolve quatro partes. O comerciante, que pode ser uma empresa ou uma pessoa, corresponde a primeira delas. Trata-se do responsável por criar produtos e serviços. Geralmente, essa parte não quer se envolver ativamente, a ideia é ter um produto para comercializar.
Enquanto isso, a segunda parte do esquema corresponde pelo afiliado, o encarregado de convencer e atrair consumidores, com o intuito de vender os produtos. Seja por meio de com um review de um determinado produto ou por meio da criação de um site com produtos de determinado nicho, por exemplo.
O afiliado oferta os produtos ao consumidor, a terceira parte do conceito, com o uso de anúncios digitais ou redes sociais. Por fim, a quarta parte diz respeito a rede, tida como intermediária entre o comerciante e o afiliado.
Esse tipo de marketing é um grande aliado de micro e pequenos empreendedores que querem difundir sua marca, seus produtos e serviços, pois não demanda altos investimentos. Afinal, a produtora conta com afiliados para divulgar e impulsionar seu novo produto na internet. A compra é realizada com o uso de um link personalizado, que serve para mensurar o sucesso da estratégia adotada. Os afiliados, por sua vez, são recompensados com a comissão de vendas.