A estratégia da Prefeitura de São Caetano de colocar no fim da fila pessoas que escolhem qual vacina tomar contra a covid-19 tem dado resultado mais que satisfatório.
Nesta semana, por exemplo, nenhum morador se recusou a tomar as doses disponíveis nos drives thrus de vacinação, independentemente do fabricante.
A medida entrou em vigor, em primeiro lugar, na sexta-feira (02.07).
Na data, quatro pessoas se recusaram a tomar as doses por conta do laboratório de origem do imunizante e assinaram o termo de ciência de que só poderão se vacinar após toda a população adulta receber a primeira dose (o que está previsto para setembro), e sem qualquer garantia de que terá a vacina de sua preferência disponível.
No dia seguinte (3), outras oito pessoas assinaram o termo. Mas, na segunda e na terça-feira (5 e 6) nenhum morador recusou as doses.
Antes da criação da estratégia foram registradas 635 recusas – a escolha do imunizante por parte da população se intensificou com as chegadas das vacinas da Janssen e da Pfizer.
Termo de Ciência
A Prefeitura, portanto, decidiu implantar o termo de ciência para impedir que os chamados ‘sommeliers de vacina’ travem o bom andamento da vacinação na cidade.
Quem recusa as doses coloca a própria vida e a de todos a sua volta em risco. Uma ameaça à imunização coletiva, a única forma de combate efetivo à covid-19.
“Não há vacina melhor ou pior. Todos os imunizantes autorizados pela Anvisa são seguros e com eficácia muito semelhante. Não justificando, portanto, qualquer diferenciação”, ressalta o prefeito Tite Campanella. “Com a implantação do termo de ciência, estamos conseguindo conscientizar a nossa população sobre isso.”
Dentro da estratégia para impedir que a população escolha a vacina, a Prefeitura também deixou de informar antecipadamente a origem do imunizante a ser aplicado em cada grupo.
Desde a semana passada, em conclusão, as pessoas só tomam conhecimento de qual vacina está disponível no local da aplicação.