Joaquim Alessi
É comum ver-se em palanques eleitorais candidatos afirmarem que “a educação é a base de tudo”, e uma vez eleitos deixam as falas fora das salas de aula.
A entrega do título de Cidadão Sulsancaetanense ao Prof. Dr. Leandro Prearo, Magnífico Reitor da USCS (Universidade Municipal de São Caetano do Sul), apaga da lousa da hipocrisia essa triste realidade.
Longe da pompa dos títulos, merecidos, de magnífico, doutor e outros mais, Leandro Prearo é, em primeiro lugar, Professor.
Quem o conhece nessa trajetória de 20 anos na USCS sabe bem sobre o que se escreve aqui.
Aqueles que estiveram na Sessão Solene da Câmara Municipal, no teatro da USCS (algo raríssimo de acontecer fora da sede do Legislativo), tiveram a oportunidade de testemunhar a importância de sua história pela presença de vários ex-reitores, de um número expressivo de vereadores, líderes da sociedade, do deputado estadual Thiago Auricchio, e, acima de tudo, do prefeito José Auricchio Júnior.
Definitivamente, homenagem com esse peso não é para um Cidadão apenas prestigiado. É a reverência a quem, em resumo, respeita e pratica a Educação.
E, ainda por cima, divide o título com todos aqueles que um dia passaram pela USCS.
Futuro planejado
Não à toa, o prefeito Auricchio resgatou em seu pronunciamento conversa que tiveram há cerca de uma década com o Jaime Lerner, professor, arquiteto, engenheiro civil, urbanista e político brasileiro.
Uma das cabeças mais brilhantes deste País, e que revolucionou Curitiba, a ponto de torná-la referência em planejamento de municípios.
Auricchio matuta essa ideia há anos, mas deixou para explicitá-la de forma mais contundente na homenagem a Prearo.
E ficou muito claro, em suma, que não houve uma pré-conversa, dada a surpresa manifestada pelo reitor logo após, em entrevista coletiva.
Quando mencionado por este repórter sua história com o Inpes (Instituto de Pesquisa da USCS), ele mesmo falou: “Bem lembrado. É peça fundamental”.
As condições, portanto, estão dadas.
Em suma, um título de Cidadão com poder muito maior de apenas resgatar e reconhecer a história, mas de começar a escrever o futuro Sulsancaetanense.
