O Centro Hospitalar Municipal (CHM), em Santo André, recebeu nesta semana consultoras do projeto Saúde em Nossas Mãos. A iniciativa, implantada há cerca de um ano no hospital, tem o objetivo de melhorar a segurança do paciente, reduzir em 30% as infecções hospitalares, além de aumentar em 30% a prática de higiene das mãos.
As consultoras do projeto foram recebidas pela diretoria do CHM, juntamente com os coordenadores da UTI pediátrica, a enfermeira Luciene Correa Postiço e o médico Domenico Monetta Neto. “O CHM está de parabéns, com uma equipe bem coesa, que se reúne periodicamente para falar do projeto. Aliás, o projeto não acaba em 2023, é uma semente que está crescendo e poderá ser usada em outros espaços que precisam de melhorias para além da UTI pediátrica”, avalia Cristiana Prandini, coordenadora de projetos do Hcor (Hospital do Coração).
“É uma troca. Todos ensinam e todos aprendem nesse processo de redução de infecções relacionadas à assistência à saúde, atingindo resultados excelentes”, completa.
Em agosto de 2021 a UTI pediátrica do Centro Hospitalar Municipal ingressou no projeto Saúde em Nossas Mãos. A iniciativa está sendo realizada em todo o território nacional sob orientação de grandes hospitais como Albert Einstein, Sírio-Libanês, Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Hospital do Coração, entre outros.
Este é um projeto de melhoria da gestão do SUS, do Ministério da Saúde, com metodologia do IHI (Institute for Healthcare Improvement). Para cada projeto há orientadores diferentes, e no caso do CHM, a orientação fica por meio do HCor. Há cerca de um ano, o projeto piloto está sendo desenvolvido na UTI pediátrica do Centro Hospitalar Municipal e, com isso, tem reduzido as infecções como pneumonia associada à ventilação mecânica, infecção urinária associada à sonda vesical de demora e infecção primária de corrente sanguínea associada ao uso de catete venoso central.
“Já estamos dentro de um contexto de segurança do paciente e o projeto Saúde em Nossas Mãos vem reforçar os propósitos. Cultura de segurança é um processo, são pessoas que cuidam de pessoas. É preciso aprender com os erros e implantar processos de educação e qualificação para que eles não se repitam, pois a segurança é de todos”, destaca a médica Ekatriny Antoine Guerle, coordenadora do Núcleo de Segurança do Paciente do CHM.
Para a diretora administrativa do CHM, Analúcia Chaves, a iniciativa integra o processo de humanização. “Tudo parte de um esforço de gestão em prol de uma assistência humanizada. E não dá para humanizar o cuidado sem humanizar as equipes, oferecendo condições de trabalho. Estamos humanizando de dentro pra fora com um controle rigoroso para que não faltem insumos e estrutura para o trabalho. E os bons projetos precisam ser multiplicados por todas as áreas do hospital”, afirma Analúcia Chaves.
